Brasileiros lamentam derrota para Polônia no vôlei, mas confiam na vaga em ‘final contra Egito’
A segunda derrota seguida no vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Paris não abalou a confiança da seleção brasileira em avançar às quartas de final. Depois de levar 3 a 1 da Itália, o Brasil caiu por 3 a 2 diante da Polônia nesta quarta-feira, mas o ponto somado e o frágil Egito pela frente aumentaram o otimismo para garantir a vaga entre os dois melhores terceiros colocados. Um 3 a 1 basta.
“Fizemos um ponto, seguimos vivos ainda. Não era o que queríamos e tivemos nossas chances. Vamos seguir buscando. Agora nossa final é o Egito”, afirmou o técnico Bernardinho, confiante em um 3 a 0 ou 3 a 1 que dará a vaga. “São quatro finais (até a decisão do ouro) e o Egito é a primeira delas.”
O duelo que encerra a participação brasileira no Grupo B ocorre na sexta-feira (8h de Brasília). Nem um 3 a 2 elimina o Brasil, mas com esse resultado teria de torcer por combinação de resultados.
“O jogo contra o Egito é perigoso. Entramos com uma responsabilidade, enquanto eles vão para a última partida mais leves. Não podemos deixar que a pressão venha de forma negativa. Se entrarmos com a mentalidade e a luta que mostramos hoje, vai dar tudo certo”, mostrou confiança o levantador Cachopa, que viu progresso contra a Polônia.
“Fico chateado pelo resultado, mas entrega não faltou do início ao fim. Pecamos um pouco no contra-ataque, mas tivemos bloqueio e defesa melhores e um saque mais agressivo”, disse, em palavras endossadas pelo ponteiro Lucarelli.
“O time está crescendo, nosso bloqueio fez um trabalho bom. Mas no quarto set pecamos no contra-ataque e, contra um adversário como esse, não podemos deixar de ter a qualidade certa em momentos decisivos. Isso faltou”, reconheceu. “Nunca vamos ficar felizes com um resultado desse, mas se esse ponto nos colocar nas quartas de final, é isso que temos que pensar. Já estamos com foco total no Egito. Queremos chegar bem, jogar o nosso melhor.”
Maior pontuador do Brasil ao lado de Lucarelli, ambos com 18 pontos, o também ponteiro Adriano celebrou a chance e mostrou confiança em vaga brasileira. “Estar nos Jogos Olímpicos é uma realização e uma responsabilidade. Vamos trabalhar ainda mais e entrar com foco total contra o Egito. A escolha de quem vai jogar é do Bernardo, e o time inteiro está pronto para esse desafio”, garantiu, após celebrar a oportunidade.
“Sabíamos que seria um jogo difícil, e fico feliz por ter entrado e ajudado a equipe. Todo o grupo sempre me deu muito suporte e muita confiança, o que é fundamental nesses momentos”, disse. “Tentei me soltar, levar para a quadra o que treinamos tanto no dia a dia.”