Brasil tem recorde de 39,129 milhões de trabalhadores informais, revela IBGE
O País registrou uma taxa de informalidade de 40,1% no mercado de trabalho no trimestre até maio de 2022. O Brasil alcançou um recorde de 39,129 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
Em um trimestre, mais 803 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no período totalizou 2,282 milhões, ou seja, foi puxada majoritariamente por ocupações formais.
“Se lá no passado era fundamentalmente a informalidade que estava impulsionando a expansão da ocupação, agora temos tanto o lado formal como o informal da ocupação respondendo pelo aumento da ocupação total da pesquisa”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Tem um processo de expansão de ocupação bastante intenso, sendo puxado tanto pela população ocupada formal como também pela população ocupada informal”, disse.
Segundo Adriana Beringuy, apesar da reação do trabalho formal, “a informalidade faz parte da estrutura da ocupação no mercado de trabalho brasileiro”.
Ela lembra que a taxa de informalidade é historicamente elevada no País, permanecendo ainda acima de 40%. “Ou seja, 40% dos trabalhadores estão inseridos no mercado de maneira informal”, frisou.
Carteira assinada
O trimestre encerrado em maio de 2022 mostrou uma abertura de 981 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, segundo o IBGE. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 3,831 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.
O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 35,576 milhões no trimestre até maio, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram um recorde de 12,804 milhões, 523 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até maio de 2021, foram criadas 2,446 milhões de vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 303 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,656 milhões. O resultado significa 1,532 milhão de pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes.
O número de empregadores aumentou em 168 mil em um trimestre. Em relação a maio de 2021, o total de empregadores é 590 mil superior.
O País teve um aumento de 124 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,787 milhões de pessoas. Esse contingente é 995 mil pessoas maior que no ano anterior.
O setor público teve 273 mil ocupados a mais no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre até maio de 2021, foram abertas 80 mil vagas.