• Brasil tem expectativa de ficar em Tóquio mais uma vez no Top 10 na Paralimpíada

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  • 24/08/2021 11:00
    Por Estadão

    Depois do sucesso da Olimpíada de Tóquio, chegou a vez da Paralimpíada brilhar. Os Jogos especiais para atletas com deficiência começam nesta terça-feira.

    A cerimônia de abertura, assim como a da Olimpíada, foi reduzida, com as delegações tendo certo limite para o número de pessoas que desfilaram. Os porta-bandeiras do Brasil foram Petrúcio Ferreira (atletismo) e Evelyn Oliveira (bocha), ambos medalhistas de ouro na Rio-2016. Ainda hoje, começam algumas modalidades nas quais o Brasil tem expectativa de medalha, como a natação e o goalball, no período da noite, pelo horário de Brasília.

    A maior parte das competições da Paralimpíada também deve acontecer de madrugada, com disputas de medalhas à noite e de manhã no horário do Brasil (período entre as 19h até por volta do meio dia do dia seguinte).

    Delegação

    No total, o Brasil terá 260 atletas competindo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro. Serão 164 homens e 96 mulheres, formando a maior delegação em uma disputa fora do País – na Rio-2016, 286 atletas brasileiros estiveram presentes. A delegação pode chagar a quase 500 pessoas em Tóquio.

    Nos Jogos do Rio, o Brasil ficou em oitavo lugar no quadro de medalhas, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O Comitê Paralímpico Brasileiro espera que o time se mantenha entre os dez primeiros colocados – feito alcançado nas últimas três edições da Paralimpíada – e nutre certa expectativa pela chegada do centésimo ouro paralímpico, sendo que o Brasil já conquistou 87.

    Serão atletas de 22 Estados Brasileiros e do Distrito Federal em disputas de 20 modalidades. O Brasil só não possui representantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. A modalidade com o maior número de competidores será o atletismo, com 65 representantes e 19 atletas-guia.

    Oportunidades de medalha não vão faltar. Um deles vem com Daniel Dias, da natação classe C5 (má-formação congênita), que já conquistou 14 ouros, sete pratas e três bronzes em Paralimpíadas; Beth Gomes, no atletismo classe F52 (cadeira de rodas), campeã e recordista mundial no lançamento de peso; e a seleção de futebol de 5 (cegos), que conquistou o ouro nas quatro vezes que o esporte esteve nos Jogos.

    A premiação por medalha para os atletas brasileiros já está definida: quem conquistar o ouro num esporte individual receberá R$ 160 mil. A prata pagará R$ 64 mil e o bronze, R$ 32 mil. Em modalidades coletivas, os valores serão pela metade: medalhistas de ouro receberão R$ 80 mil; de prata, R$ 32 mil; de bronze, R$ 16 mil.

    Os Jogos de Tóquio também marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade das disputas.

    Coronavírus

    A preocupação com o coronavírus continua presente e talvez até mais forte do que na Olimpíada. Apenas neste domingo, 30 casos positivos ligados aos Jogos Paralímpicos foram confirmados, chegando a um total de 131. Dois membros da delegação brasileira estão entre os infectados, mas o CPB não revelou os nomes deles ou as funções.

    Tóquio ainda está em estado de emergência por causa da covid-19. No domingo, foram anunciados 4.392 novos casos, após quatro dias consecutivos com mais de 5 mil casos diários. O Comitê Organizador pensa em aumentar a frequência dos testes PCRs e impor mais restrições, como forma de evitar novas transmissões. Ainda assim, o governo de Tóquio pensa em permitir a presença de crianças das escolas da cidade nas arenas de disputa. O público adulto está vetado.

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