Brasil/EUA: ministra diz que meio ambiente não deve ser barreira ao comércio
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ao secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, com quem se reuniu nesta terça-feira (6), em videoconferência, que preocupações com o meio ambiente não podem se transformar em barreiras ao comércio. “A existência de um comércio livre e desimpedido é, na minha visão, um importante elemento para o fortalecimento de uma agricultura sustentável”, disse ela, segundo nota de sua assessoria. Conforme a pasta, a cooperação entre os dois países na área agrícola, com troca de informações baseadas na ciência, e compromissos com a produção sustentável pautaram a reunião.
A ministra lembrou que Brasil e Estados Unidos são grandes produtores e exportadores de produtos agrícolas e reafirmou o interesse do Ministério da Agricultura em fortalecer os laços históricos de colaboração com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ela lembrou que o ano de 2021 deverá ser marcante para a definição do caminho rumo ao desenvolvimento sustentável, “o que reforça a importância de mantermos mecanismos ágeis e transparentes de diálogo e entre nós”.
Ainda conforme a nota, a ministra ressaltou a necessidade de os países do AG-5 (Estados Unidos, Brasil, Canadá, Argentina e México) discutirem questões baseadas na ciência, para desmistificar dúvidas ligadas à agricultura mundial. “Cada vez mais existem interrogações e precisamos mostrar para o mundo que a agricultura pode produzir de maneira saudável e segura”.
Segundo a Agricultura, o secretário norte-americano reforçou o compromisso dos Estados Unidos para tratar adequadamente as mudanças climáticas, por meio de pesquisas e inovação. Vilsack citou a cúpula sobre o clima que está sendo organizada pelo governo dos Estados Unidos, prevista para abril. “Os Estados Unidos estão preparados para assumir compromissos com o mundo de acordo com o Acordo de Paris sobre como abordaremos o clima. O presidente (Joe Biden) preparou uma proposta de infraestrutura bastante ousada para negociação no Congresso e, se aprovada, acredito que servirá de base de investimentos consideráveis para energia limpa”, disse ele, segundo a pasta.