• Brasil comete muitos erros e perde de Cuba na reestreia de Bernardinho na seleção de vôlei

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  • 21/maio 23:15
    Por Estadão

    Oito anos após se despedir com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o técnico Bernardinho reestreou no comando da seleção masculina de vôlei com derrota para Cuba na Liga das Nações. Mesmo jogando sob intenso apoio da torcida no Maracanãzinho, no Rio, a equipe nacional não conseguiu empolgar, cometeu muitos erros, falhou nos bloqueios e perdeu por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 29/27, 21/25 e 21/25.

    A seleção brasileira volta à quadra em busca da reação somente na quinta-feira, também na rodada noturna. Às 21 horas, faz o clássico sul-americano com a Argentina, que foi derrotada pelo Japão por 3 sets a 1 (26/24, 22/25, 23/25 e 19/25) mais cedo.

    Diante de um duro e histórico rival, a seleção brasileira começou um tanto afoita. Principal pontuador na conquista do título do Sesi-Bauru na Superliga e aposta de Bernardinho no time titular na estreia no Maracanãzinho, o jovem Darlan sofria com dupla marcação. Cubano naturalizado brasileiro, Leal era a melhor opção.

    O começo do jogo, contudo, não foi fácil, com os cubanos bem no bloqueio e logo abrindo vantagem de dois pontos persistente até pouco mais da metade da parcial. Em bloqueio de Concepción em Lucarelli, os cubanos aumentaram para 17 a 13, obrigando pedido de tempo de Bernardinho, até então, tranquilo na beira da quadra.

    O treinador pediu para seus jogadores “não aliviarem” no saque. Queria potência, para dar chance ao bloqueio brasileiro aparecer. Mas nada dava certo. Em dois lances seguidos, vieram erros de saque, de recepção e bloqueio em Lucão para Cuba alcançar 19 a 15.

    O Brasil esboçou reação com pancada de Leal e 19 a 21 no placar, obrigando os cubanos a paralisarem a partida. Bernardinho pouco falou. Coube ao meio de rede Flávio orientar os companheiros na difícil tentativa de buscar o empate na parcial. Lucão teve a chance no bloqueio, com 22 a 21, mas a bola saiu.

    Bernardinho pediu novo tempo para uma tentativa final. Mas o time errou a recepção. Darlan tinha de sacar muito para evitar a derrota na parcial. O primeiro deu certo. No segundo, mandou para fora e Cuba fechou em 25 a 23.

    A seleção brasileira continuou errando demais no começo do segundo set. Teve ace de Cuba, saque na rede e novamente vantagem de dois pontos com 2 a 0, depois 5 a 3. A seleção tentava competir e assumiu vantagem pela primeira vez na partida em dois belos saques de Leal e depois invasão por baixo, chegando a 7 a 5.

    Diferentemente do que Cuba fez no set inicial, o Brasil não soube administrar a vantagem e permitiu que os adversários empatassem com dois aces, em 17 a 17. Após pedido de desafio, os cubanos viraram para 19 a 18. Bernardinho mexeu e Alan, no bloqueio, recolocou a seleção verde e amarela na frente, com 21 a 20.

    O bom momento brasileiro, porém, não se confirmou. E Cuba teve a chance com 24 a 23. Lucão, com ace, salvou o time no primeiro set point. Com apoio das arquibancadas, a equilibrada parcial terminou com 29 a 27 para a equipe de Bernardinho em ótimo contragolpe de Darlan, que fez seu 10º ponto na partida, todos atacando.

    Na hora de manter a empolgação, entretanto, o Brasil sofreu um apagão e Cuba foi logo encaixando 6 a 1, maior vantagem na partida. A torcida, um diferencial aos brasileiros, silenciou no Maracanãzinho e os adversários subiram para 11 a 3. Sánchez, Yant e Lopez se destacavam.

    Mas o Brasil tinha Leal e conseguiu diminuir bem, para 18 a 15 após quatro pontos seguidos. Podia encostar de vez se a pancada de Alan entrasse. Cuba soube trocar pontos na reta final e levou a parcial com 25 a 21 com saque na rede de Cachopa.

    Bernardinho optou pela manutenção do levantador Cachopa e do ponteiro Alan para o quarto set. Bruninho e Darlan ficaram no banco. Apesar da tentativa, a partida continuava sob o ritmo cubano, que logo fez 8 a 5 com o 14º ponto de Yant.

    O Brasil demorou para entrar na parcial e só foi encostar com 17 a 15. O Brasil ainda teve dois contra-ataques para ficar somente um ponto atrás. Mas desperdiçou após levantamentos ruins de Cachopa para Leal e Lucão. Um ace de Yant deixou Cuba com a vitória encaminhada ao subir para 23 a 19. Como em todo o jogo, o bloqueio brasileiro não encaixou e Yant fechou por 25 a 21 em contragolpe indefensável. Terminou como o maior pontuador de sua equipe, com 18 pontos, um a menos que Leal.

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