• Brasil celebra 13º título Sul-Americano Sub-20 após tropeço da Argentina contra o Paraguai

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 16/fev 23:27
    Por Estadão

    Com três horas de “atraso”, a seleção brasileira pôde soltar o grito de campeã do Sul-Americano Sub-20 pela 13ª vez neste domingo. Maior vencedora da competição, a equipe já detinha o título e voltou ao topo do pódio após a rival Argentina não conseguir a goleada por quatro gols de diferença sobre o Paraguai no último jogo do hexagonal final. Depois de sair em desvantagem de 2 a 0, os hermanos até conseguiram reagir ao buscar um insuficiente 2 a 2, mas sofreram outro gol no fim e perderam por 3 a 2 sob gritos de “olé” dos brasileiros.

    O elenco do técnico Ramon Menezes estava todo na arquibancada do estádio José Antonio Anzoátegui, na cidade de Puerto la Cruz, na Venezuela, para “secar” os hermanos após fazerem 3 a 0 sobre o Chile mais cedo. O possível sofrimento não veio e se transformou em festa ainda na primeira etapa, em show paraguaio diante de uma perdida e desorganizada Argentina. Foi um vareio de bola nos 45 minutos iniciais.

    Entalado com os argentinos após levarem surra de 6 a 0 na rodada de estreia, os brasileiros passaram o jogo decisivo provocando e tentando desestabilizar a rival durante os 90 minutos. O silêncio veio apenas no gol de empate. Mas virou festa quando Léon recolocou o Paraguai em vantagem.

    Agora o Brasil vai se preparar para a Copa do Mundo da modalidade, agendada para setembro, no Chile. A meta é se redimir da campanha ruim na edição passada, em solo argentino, no qual acabou eliminada nas quartas em surpreendente virada de Israel, por 3 a 2.

    Para chegar aos 13 pontos no segundo jogo do dia, o Brasil precisou se reinventar após um primeiro tempo ruim. E, mesmo não brilhando, conseguiu ganhar e fazer saldo para jogar pressão à Argentina com gols de Deivid Washington, Pedrinho e Ricardo, que ainda garantiram um saldo de sete.

    ARGENTINA NÃO REPETE BOAS ATUAÇÕES

    Necessitando de uma goleada por quatro gols de diferença, os argentinos foram surpreendidos pelo começo forte do Paraguai, que partiu para o ataque e com menos de dois minutos obrigou Martinet a realizar duas grandes defesas. A primeira, com o camisa 9 Caballero cara a cara.

    Na beirada do campo, a comissão técnica argentina conversava bastante tentando entender o que fazer para ajustar a equipe. Mesmo cumprindo tabela após garantir a vaga ao Mundial na rodada passada, os paraguaios eram ousados, contrariando os prognósticos da “decisão”.

    Somente com 16 minutos a Argentina conseguiu finalizar. A cabeçada de Hidalgo não teve direção. Com o astro Echeverri bem marcado, a criação era nula e os lances perigosos eram todos do Paraguai, que voltou a perder gol feito com Morínigo batendo com força pelo alto.

    A superioridade paraguaia surtiu efeito na décima finalização, a primeira no alvo. Martinet errou na saída, Morínigo cruzou para trás e Kmet (nascido em Buenos Aires) soltou a bomba. A bola bateu no travessão e entrou para festa do elenco brasileiro presente nas arquibancadas.

    Antes do intervalo, o Paraguai já colocava a Argentina na roda e parecia ser o time lutando pelo título do Sul-Americano Sub-20, para delírio dos brasileiros, que “vibravam” a cada lance em campo contra os hermanos. Realizando uma péssima etapa, ir aos vestiários com desvantagem mínima foi uma vitória dos argentinos. Morínigo bateu por cobertura e acertou o travessão e obrigou milagre de Martinet no último lance antes da pausa.

    O segundo tempo começou com Caballero ampliando. Lançamento longo, a defesa bobeou e o centroavante mandou de primeira para deixar os brasileiros com a mão na taça. Mas a reação veio rápido, com Carrizo descontando aos 6. Faltavam cinco gols para que o título mudasse de seleção – anotou 6 a 0 no Brasil.

    Os argentinos se empolgaram com o primeiro gol e, após longa consulta ao VAR, a posição de Carrizo foi de não impedimento e o empate surgiu 22 minutos após batida cruzada. O Paraguai já não mais atacava e apostava na força da marcação após entrada de mais um defensor. Mesmo assim, anotou o terceiro, em toque de Diego León de pé esquerdo após passe de cabeça de Quintana.

    Os minutos finais foram de destempero dos argentinos, que começaram a apelar com entradas duras por causa das trocas de passes e dribles dos paraguaios sob incentivo e gritos de “olé” dos brasileiros. No fim, em alto e bom som, veio o “bicampeão, bicampeão.” em bom português de quem passou a competição toda sob pressão pelas apresentações fracas.

    Últimas