De agosto de 2020 para outubro de 2021, o gás de cozinha de 13 quilos subiu cerca de 83% em Petrópolis. De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no ano passado o produto custava em média R$ 60. Agora, o botijão está custando R$ 110 na cidade. Foram três altas consecutivas anunciadas pela Petrobras: em agosto, setembro e o último, no dia nove de outubro.
Em nota enviada pela estatal, a justificativa de mais um aumento “é para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras. E refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.
O último aumento autorizado pela Petrobrás foi de 7%. Para as famílias os constantes aumentos do gás de cozinha estão inviabilizando a compra do produto. Segundo a coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Carla de Carvalho, muitas famílias que recebem as doações de cestas básicas da instituição usam a lenha na preparação dos alimentos. “A situação está muito triste. Pra muitos que doamos, a comida é feita à lenha e muitas famílias estão sem energia elétrica”, contou.
Em setembro, quando o aumento de 7% partiu das distribuidoras, que reivindicavam recomposição com as perdas decorrente da inflação, o botijão de 13 quilos passou para R$ 105, em média, em Petrópolis. Em agosto, quando houve um reajuste autorizado pela Petrobrás, o produto custava R$ 95.