• Borrell: Estratégia militar de Israel tem de respeitar o direito internacional

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  • 06/11/2023 15:22
    Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast / Estadão

    O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, fez um discurso nesta segunda-feira, 6, em uma reunião com embaixadores do bloco, e apontou as prioridades da política externa do grupo. O principal foco foi no conflito entre Israel e Hamas, mas o diplomata também falou do apoio à Ucrânia e da postura junto a países do Sul Global, incluindo a América Latina.

    “Não há operação militar bem-sucedida sem uma estratégia política por trás. A estratégia militar de Israel também tem de respeitar o direito internacional, incluindo o direito que procura evitar, na medida do possível, a morte e o sofrimento das populações civis”, afirmou Borrell. “Ontem ouvi o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan ameaçar o Ocidente ao dizer: ‘Olha, vocês querem novamente a luta entre o crescente e os cruzados?’. São palavras fortes e temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar este confronto”, alertou o espanhol.

    “Não se esqueçam da Ucrânia. Mais do que nunca, a Ucrânia está numa luta para lutar contra a agressão russa. Se a Ucrânia perder, nós perdemos. Precisamos de manter a nossa unanimidade e a nossa unidade no apoio à Ucrânia. Somos o primeiro fornecedor de apoio à Ucrânia”, disse, lembrando que o bloco segue à frente dos Estados Unidos em números de ajuda.

    “A segurança econômica está se tornando uma parte cada vez mais central da nossa política externa e de segurança. Isso não significa que queremos nos fechar, pelo contrário, queremos desenvolver mais investimentos e laços comerciais em todo o mundo. O Global Gateway existe para isso. Temos que abandonar o extrativismo à moda antiga”, afirmou Borrell.

    “As pessoas na América Latina nos olham como aqueles que vêm mais uma vez em busca de minerais. Não, não é uma questão de ‘onde estão os seus minerais?’. É ‘como podemos construir, com vocês, parcerias para aproveitar os recursos naturais, para que agreguem valor e beneficiem da nossa procura’, disse o diplomata.

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