Bolsonaro volta a ter conteúdo bloqueado pelo Instagram por informação falsa
O presidente Jair Bolsonaro teve conteúdo bloqueado, mais uma vez, pelo Instagram, por veicular informações falsas pela rede social. O presidente havia compartilhado um vídeo gravado em que uma pessoa distorcia informações divulgadas pelo jornal El País na Espanha e no Brasil, além de comparar publicações distintas.
O bloqueio ocorreu após a Agência Lupa, especializada em checagem de fatos, revelar que, além de a pessoa traduzir erroneamente o conteúdo em espanhol, para dar outro entendimento sobre o conteúdo, o vídeo compartilhado por Bolsonaro na última segunda-feira, 26, é de 2019. “Bolsonaro nem sequer participou do Fórum Econômico Mundial em 2021. Por causa da pandemia, neste ano, o evento foi realizado online”, afirmou a Lupa.
Após receber a checagem, o Instagram colocou um alerta sobre a publicação, para informar de que se trata de “informação falsa”.
Esta não é a primeira vez que o Instagram bloqueia conteúdos falsos disseminados por Bolsonaro. Em 11 de maio do ano passado, o presidente compartilhou informações falsas sobre o número de mortes por covid-19 no Ceará. A publicação, originalmente feita pelo deputado estadual André Fernandes (Republicanos-CE), dizia que o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará caiu entre 2019 e 2020, apesar da pandemia. Na ocasião, a rede social Instagram também marcou a publicação com um “alerta de fake news”.
A imagem compartilhada pelo presidente iniciava com a mensagem: “Toda vida importa! Entretanto há algo muito ‘estranho’ no ar!”. Em seguida, apontava que o número de mortos por doenças respiratórias no Ceará caiu de 6.377 em 2019, sem a covid-19, para 6.296 em 2020, com a doença, entre 16 de março a 10 de maio. “Por que em 2019 não teve o mesmo alarde?”, questionava o post.
Outras redes já bloquearam conteúdos falsos espalhados pelo presidente em diversas ocasiões. Em março, o presidente teve dois vídeo apagados de sua conta no Twitter. Os vídeos mostravam um passeio do presidente por Brasília, durante o lockdown, em que ele defendia o uso da hidroxicloroquina para populares e falava que o País só ficará imune depois que 60% a 70% dos cidadãos forem infectados.