• Bolsonaro: peço a Deus que brasileiros não experimentem dores do comunismo

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  • 16/07/2022 12:30
    Por Célia Froufe e Juliana Estigarribia / Estadão

    Às vésperas da eleição e, segundo pesquisas, perdendo para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro repetiu durante uma missa em Natal neste sábado que o Brasil não passe por um regime de esquerda. “Tudo para nós é ensinamento. Nada tememos, nem a morte – a não ser a morte eterna. Isso nos leva aos mártires que nos ajudam a solidificar a nossa fé. Toda manhã me levanto e faço algo que me dá forças para vencer: rezo um Pai Nosso e peço a Deus que o nosso povo, vocês, brasileiros, não experimentem as dores do comunismo”, declarou, sendo muito ovacionado pelos fiéis que acompanham o culto.

    De acordo com o chefe do Executivo, ainda que ele estivesse num rito religioso e espiritual, é preciso ter consciência de que, na vida na Terra, são necessários bens materiais. “O mundo todo vem sofrendo as consequências do fique em casa e a economia a gente vê depois e de uma guerra (no Leste Europeu)”, lembrou ele sobre o que ocorreu no auge da pandemia, quando muitos países determinaram a quarentena. O Brasil também ficou paralisado a contragosto do presidente.

    Bolsonaro salientou aos presentes que todos terão um encontro final com Deus e que “ninguém escapará desse dia”. “Cada um vai ter um currículo a apresentar, esse currículo não é um pedaço de papel, é toda a nossa passagem aqui na Terra, tudo aquilo que nós fizemos e, principalmente, aquilo que nós não fizemos, nossa omissão”, declarou. No auge da pandemia, no entanto, o presidente minimizou a contaminação de coronavírus e disse que a pressa para comprar vacinas não se justificava. Até julho, mais de 600 mil pessoas morreram por causa da covid no Brasil.

    Ao final de suas declarações, Bolsonaro enfatizou quatro palavras que, segundo o chefe do Executivo, são as mais importantes para as pessoas: Deus, pátria, família e liberdade.

    Na programação divulgada pelo Palácio do Planalto, havia a previsão de que o presidente assistisse à missa no Santuário dos Mártires, às 10 horas – o que só ocorreu há pouco – e que ao meio-dia se encontrasse com pastores da Assembleia de Deus. A perspectiva era a de que, às 13 horas, o chefe do Executivo chegasse para a concentração da Marcha para Jesus, prevista para começar às 14 horas.

    Na sequência, a expectativa era que Bolsonaro viajasse para Fortaleza. Lá, ele deve desembarcar e ir em motociata até a Marcha para Jesus, que está marcada para 15 horas. Esta será a primeira visita à capital cearense desde que assumiu a Presidência.

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