• Bolsonaro diz que decidiu concorrer após sentir que País ‘mergulhava nas trevas’

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  • 18/06/2021 22:22
    Por Pedro Caramuru e Sandra Manfrini / Estadão

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira, 18, que decidiu concorrer ao cargo, após as eleições de 2014, para “mudar o Brasil” após sentir que o País “mergulhava nas trevas”. Durante comemoração em Belém (PA) pelos 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil, Bolsonaro disse que pretende deixar o cargo, “lá na frente”, e se for da vontade de Deus.

    “Em 2010, com parlamentares evangélicos, descobrimos que alguns partidos políticos queriam ensinar aos nossos filhos, aos nossos pequeninos, aquilo que não está na palavra de Deus. Ali começamos a aparecer e despertar a atenção das famílias brasileiras. Após as eleições de 2014, sentindo que o Brasil mergulhava nas trevas, decidi mudar o Brasil”, discursou durante a cerimônia.

    O presidente voltou a criticar as atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado e afirmou que “não adianta fazer CPI se o objetivo não é investigar quem recebeu mas quem enviou recursos”. A fala repete tentativa dos senadores governistas de alterar o foco da comissão para esmiuçar a ação de governadores e prefeitos contra o novo coronavírus.

    “O meu objetivo é, lá na frente, deixar o governo e deixar o País muito melhor do que recebi em janeiro de 2019”, disse. “Só saio de lá se Ele quiser”, afirmou mais cedo. Durante o dia, o presidente cumpriu agenda no Pará acompanhado dos pastores evangélicos Silas Malafaia e Marco Feliciano, que é também deputado federal.

    PSOL

    Durante o discurso, Bolsonaro mencionou o ataque a faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral, mas, diferente de outras ocasiões, o presidente deixou de fora do relato o fato de que o agressor, Adélio Bispo, é ex-filiado ao PSOL. Ontem, o presidente havia reforçado críticas à sigla e destacou um dos filiados do partido, candidato à Presidência da República em 2018, Guilherme Boulos, a quem se referiu como “marginal” e “invasor de propriedade alheia”.

    Na primeira fila da plateia nesta noite, assistindo ao presidente, estava o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues, do PSOL.

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