• Bolsas de NY fecham em queda pela terceira sessão consecutiva em meio a ameaças de Trump

  • 07/abr 17:21
    Por Pedro Teixeira, especial para a AE* / Estadão

    As bolsas de Nova York fecharam em queda pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, 7. O pregão volátil foi marcado pela promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 50% sobre a China caso Pequim não reverta o aumento de 34% sobre as importações norte-americanas – uma retaliação às tarifas previamente anunciadas pela Casa Branca.

    O Dow Jones caiu 0,91%, aos 37.965,60 pontos; o S&P 500 cedeu 0,23%, aos 5.062,25 pontos; e o Nasdaq destoou com alta de 0,10%, aos 15.603,26 pontos. Os dados são preliminares.

    Na semana passada, os três índices anotaram seu pior desempenho semanal desde o auge da crise da covid-19, levantando preocupações sobre uma possível recessão da maior economia do planeta.

    Na sessão desta segunda, a Apple caiu 3,67%, para US$ 181,46. A ação perdeu 13,6% na semana passada, em sua pior semana desde março de 2020. A maioria dos produtos da Apple são montados na China, que retaliou os EUA na sexta-feira.

    O valor de mercado da Apple encolheu US$ 443,5 bilhões na semana passada – a maior perda semanal de valor de mercado já registrada, segundo dados do Dow Jones Market Data. O analista Dan Ives, da Wedbush, reduziu seu preço-alvo para o papel de US$ 325 para US$ 250.

    As ações do setor bancário operaram de forma mista, depois de despencaram no fim da semana passada, quando o setor registrou sua pior queda de dois dias desde março de 2020. Nesta segunda, o JPMorgan Chase subiu 1,98%, o Morgan Stanley caiu 1,09%, enquanto o Goldman Sachs caiu 1,13%.

    “As tarifas alimentaram o medo de uma possível recessão, o que provavelmente levaria a uma redução na demanda por empréstimos e mais inadimplências”, disse Gene Goldman, diretor de investimentos do gestor de patrimônio Cetera Financial Group.

    Tesla caiu 2,56%, para US$ 233,29, após ter 10 semana de perdas em 11. O preço recorde de fechamento da ação da fabricante de veículos elétricos foi registrado em dezembro do ano passado, de US$ 479,86.

    Em sentido oposto, a ação da U.S. Steel subiu 16,22%, para US$ 42,52, após Trump anunciar que seu governo fará uma nova revisão da fusão da companhia com a japonesa Nippon Steel. O acordo avalia a siderúrgica norte-americana em US$ 55 por ação.

    *Com informações da Dow Jones Newswires

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