Bolsas da Europa: Paris e Frankfurt sobem à espera de Nvidia, mas commodities pesam em Londres
Por André Marinho
São Paulo, 28/08/2024 – As bolsas da Europa operam majoritariamente em alta nas primeiras horas do pregão desta quarta-feira, em meio à expectativa nas mesas de operações globais pelo balanço da Nvidia. Londres, no entanto, é contida pela liquidação de commodities no exterior.
Por volta das 06h (de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, subia 0,33%, a 520,59 pontos.
Investidores, no geral, hesitam tomar posições firmes antes dos resultados da Nvidia, que serão divulgados hoje após o fechamento dos negócios à vista em Wall Street.
A fabricante de chips se tornou um importante termômetro para a euforia sobre o desenvolvimento da inteligência artificial e deve superar expectativas, na visão do estrategista-chefe de investimentos do Saxo Bank, Peter Garnry. Mas ele alerta que um eventual decepção pode levar a volatilidade aos mercados.
Nesse ambiente de espera, os papéis de tecnologia emergem como destaque nas capitais europeias. O subíndice do Stoxx 600 para o setor subia 0,73% no horário citado acima, a 819,74 pontos. Em Amsterdã, a empresa de chips ASML ganhava 1,28%.
Na contramão, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, recuava 0,10%, a 8.336,83 pontos. Antofagasta (-3,25%), Fresnillo (-3,06%), Rio Tinto (-1,34%) e BP (-0,47%) apareciam entre as principais perdas, em um dia de firme desvalorização do petróleo e de metais.
Além dos números da Nvidia, operadores aguardam também dados de inflação nos próximos dias que ajudarão a balizar as apostas para a política do Banco Central Europeu (BCE). Em foco, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha será divulgado amanhã e o da zona do euro, na sexta-feira.
Entre as demais praças, o índice referencial de Frankfurt subia 0,49% e o de Paris ganhava 0,26%, enquanto Milão avançava 0,13% e Lisboa tinha ganho marginal de 0,03%. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1145 e a libra cedia a US$ 1,3236. Na renda fixa, os rendimentos dos Bunds da Alemanha, dos Gilts britânicos e dos BTPs italianos operam no vermelho, em linha com o movimento nos Treasuries.
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