• Bolsas da Europa fecham em alta, de olho em indicadores e com impulso de petroleiras

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  • 02/jan 14:08
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam em alta na primeira sessão do ano, em uma sessão que contou com indicadores de atividade apresentando fraqueza na região, o que reforça as perspectivas de um relaxamento na política monetária pelos bancos centrais locais. Além disso, o setor de energia contou com importantes altas, ganhando impulso pela alta nas cotações do petróleo no mercado internacional.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,61%, a 510,73 pontos.

    Os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais das principais economias europeias recuaram em dezembro, conforme leituras finais dos indicadores divulgadas nesta manhã. O da França, em particular, despencou ao menor nível desde maio de 2020, em meio à crise política que impede a aprovação de um novo orçamento. O PMI industrial do Reino Unido caiu de 48 em novembro para 47 em dezembro, no menor nível em 11 meses. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e da estimativa prévia, ambas de 47,3.

    A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esperar que a inflação na zona do euro se acomode na meta de 2% em 2025. Em mensagem de ano novo, Lagarde reiterou a intenção de manter os esforços para estabilizar os preços. “Fizemos um progresso significativo em 2024 na redução da inflação e esperamos que 2025 seja o ano em que estaremos na meta, conforme esperado e planejado em nossa estratégia”, disse.

    Enquanto isso, a Ucrânia interrompeu o fornecimento de gás russo, que passa pelo país, para clientes europeus, após o término de um acordo de trânsito pré-guerra no final do ano passado. O movimento aumentará a dependência da União Europeia das importações de gás e garantirá que os preços da energia permaneçam muito mais elevados na região do que nos EUA, aponta a Capital Economics. Por outro lado, o aumento dos preços não irá alterar as perspectivas de inflação e de taxas de juro, mas os valores manterão a pressão sobre o setor industrial, aponta consultoria.

    Em Londres, observando o cenário, BP (+2,57%) e Royal Dutch Shell (+1,94%) avançaram, contribuindo para a alta de 1,07% do FTSE 100, a 8.260,09 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,48%, a 20.004,15 pontos. Em Milão, o FTSE 100 teve alta de 0,55%, a 34.374,77 pontos. Em Madri, o Ibex35 ganhou 0,60%, a 11.665,00 pontos. Em Lisboa, o PSI20 avançou 0,55%, a 6.412,28 pontos.

    Já desvalorização do setor de bens de luxo pesou em Paris, onde o índice CAC 40 subiu modestos 0,18%, a 7.393,76 pontos. O segmento está pressionado após dado indicar desaceleração da indústria na China, um importante motor de demanda para o consumo de alta renda. Entre os destaques negativos, Kering cedia 1,18%, Hermès caía 1,21% e Louis Vuitton se desvalorizava 1,13%.

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