• Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectivas de maior relaxamento monetário após CPIs

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  • 15/jan 13:53
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam com altas acima de 1% nesta quarta-feira, 15, em uma sessão que repercutiu dados de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido. As leituras mais brandas dos índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ofereceram perspectivas de maior relaxamento monetário, o que, no caso da zona do euro, ainda foi corroborado por declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE).

    Entre os destaques, empresas de energia avançaram também com a alta do petróleo no mercado internacional, e instituições financeiras tiveram ganhos depois de balanços sólidos de bancos norte-americanos.

    O índice pan europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,44%, a 515,58 pontos.

    A leitura de dezembro CPI nos Estados Unidos mostra um cenário de inflação melhor que em novembro, avalia o Commerzbank.

    Para o banco, o indicador dá munição para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) corte juros à frente, mas em ritmo bem mais lento. A instituição atribui o aumento mensal de 0,4% do dado cheio à escalada nos preços de energia.

    Em Londres, o índice FTSE subiu 1,21%, a 8.301,13 pontos, após o CPI do Reino Unido desacelerar à taxa anual de 2,5% em dezembro. Para o BBH, a inflação, em uma mínima de 33 meses, encorajará o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a um corte de 25 pontos base (pb) na próxima reunião, mas o mercado está precificando apenas mais um corte de 25 pb nos próximos 12 meses.

    Na zona do euro, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos afirmou nesta quarta que o foco da política monetária mudou da inflação elevada para o crescimento econômico fraco, o que torna a trajetória dos juros “clara” na direção de mais relaxamento. O dirigente François Villeroy de Galhau (França) prevê queda das taxas para um nível neutro até o verão. Mais cauteloso, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, reiterou que a inflação de serviços em torno de 4% segue uma preocupação para o bloco.

    Os comentários colocaram em segundo plano a queda do PIB da Alemanha de 0,2% em 2024, marcando o segundo ano consecutivo de contração da maior economia da União Europeia. Por outro lado, a produção industrial da zona do euro subiu 0,2% em novembro ante outubro, como esperado. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,70%, a 20.615,87 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,69%, a 7.474,59 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,49%, a 35.646,96 pontos. Em Madri, o Ibex35 ganhou 1,43%, a 11.920,60 pontos, enquanto o PSI 20 subiu 1,29%, a 6.458,99 pontos, em Lisboa.

    Entre as empresas, a BP subiu 0,65% em Londres, em dia que saiu a notícia de que a companhia e o governo do Iraque concordaram com a maioria dos termos comerciais necessários para revitalizar o campo de petróleo de Kirkuk. O acordo final é esperado para o início deste ano, com detalhes a serem refinados nas próximas etapas.

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