• Bolsas da Europa fecham em alta, com divulgação de indicadores e redução no temor político

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 18/jun 13:30
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 18, com investidores observando a publicação de indicadores na zona do euro e os possíveis próximos passos para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, o cenário eleitoral francês segue no radar, com os temores pelos eventuais resultados sendo diminuídos.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,66%, a 514,87 pontos.

    Na agenda de indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,2% em maio ante abril, na leitura final, como esperado pelos analistas ouvidos pela FactSet, com alta anual de 2,6%. O núcleo subiu 0,4% na leitura mensal, também como previsto, e 2,9% na anual de maio. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas avançou de 47,1 em maio a 47,5 em junho, ante expectativa de 49,2 dos analistas.

    Os dados sobre sentimento econômico e inflação ainda suportam dois cortes de juros pelo BCE em 2024, no cenário da Oxford Economics. No entanto, a consultoria britânica ressalta que o comportamento da inflação de serviços deve sustentar a postura “hawkish” e o discurso dependente de dados do banco central.

    A Oxford destaca que os indicadores futuros de sentimento econômico ZEW continuam a subir e a inflação em energia e alimentos está contida. A consultoria nota que a recuperação no setor de serviços tem como base efeitos sazonais dos feriados de Páscoa e Pentecostes, que aconteceram mais cedo neste ano. O ANZ também acredita em mais dois cortes de juros neste ano na zona do euro, com redução total de 200 pontos-base nos juros no atual ciclo de relaxamento monetário.

    Na arena política, a eleição da França para o Legislativo segue como foco importante. O Danske Bank comenta que, na segunda-feira, o fato de que Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, dizer que pretende trabalhar com o presidente Emmanuel Macron se eleita deu alívio a ativos franceses.

    Nesta terça, a recuperação da bolsa parisiense prossegue, mas ela chegou a oscilar no negativo mais cedo. O Barclays diz que as pesquisas mostram a coalizão de Macron “espremida” entre a coalizão de esquerda e a extrema-direita. Os dois cenários mais prováveis significariam uma divisão de poder entre o Exército e o Legislativo, ou um governo de “coabitação”, como se diz no país.

    O Ministério da Economia da França afirmou nesta terça-feira que requereu a um tribunal em Rennes que imponha uma multa e invalidar várias cláusulas de contratos entre o Carrefour e seus franqueados. Não foi revelado o valor, mas relatos da imprensa dizem que a pasta solicitou uma penalidade de 200 milhões de euros (US$ 214,7 milhões).

    A ação do Carrefour recuou 4,26% em Paris, onde o CAC 40 fechou em alta de 0,76%, a 7.628,80 pontos.

    Em Frankfurt, o DAX subiu 0,31%, a 18.123,58 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 1,24%, a 33.315,68 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve alta de 0,99%, a 11.067,70 pontos. Em Lisboa, o PSI20 ganhou 0,78%, a 6.570,95 pontos.

    Em Londres, em semana de decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o FTSE 100 avançou 0,60%, a 8.191,29 pontos.

    Últimas