Bolsas da Europa buscam recompor perdas pós-payroll, na abertura de semana marcada por BCE
Por André Marinho
São Paulo, 09/09/2024 – As bolsas da Europa buscam recuperação nesta manhã, após o relatório payroll apontar criação de empregos aquém das projeções nos Estados Unidos e induzir forte liquidação de ações globalmente na sexta-feira. A agenda econômica esvaziada no exterior mantém investidores na expectativa pelos eventos de uma semana que promete mais um provável corte de juros do Banco Central Europeu (BCE).
Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,79%, a 510,58 pontos, depois de computar a mais forte desvalorização semanal desde outubro de 2023, de acordo com a Reuters .
Os mercados ocidentais se descolaram dos asiáticos e amanheceram em clima de retomada, após a recepção ao payroll. A criação de empregos acelerou em agosto, mas frustrou as previsões de analistas e foi acompanhada de revisões negativas dos meses anteriores.
Na esteira, investidores reforçaram a aposta de que o Federal Reserve (Fed) abrirá o ciclo de relaxamento monetário com uma redução de 25 pontos-base nos juros na semana que vem. Na quarta-feira, 11, a leitura de agosto da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA pode fornecer mais pistas sobre a dimensão da primeira tesourada na taxa básica desde a pandemia.
Antes do desfecho do Fed, no entanto, o BCE deve entregar o segundo corte consecutivo de juros na quinta-feira, 12, após o CPI na zona do euro ter desacelerado ao menor nível desde meados de 2021.
No horário citado acima, o índice FTSE 100, de Londres, avançava 0,61%. Os ganhos eram liderados pelo salto de 8,04% da Entain, após o site de apostas britânico revelar que o crescimento no segundo semestre tem se provado mais forte que o esperado até agora.
Entre outras praças, Frankfurt subia 0,79%, apesar do recuo de 3,87% da Adidas, que teve recomendação rebaixada de “overweight” para “equalweight” (equivalente a neutra) pelo Barclays. Já a Bolsa de Paris ascendia 0,78%, Milão ganhava 0,98% e Lisboa tinha alta de 0,53%. As ações de bancos, no geral, apareciam em destaque. No câmbio, o euro caía a US$ 1,1052 e a libra recuava a US$ 1,3098.
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