• Bolsas da Europa avançam, com balanços e perspectivas para BCs, e Londres renovando máxima

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  • 07/maio 13:47
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, com impulso da publicação de balanços, que levaram o setor bancário a acumular importantes altas. Além disso, as perspectivas para cortes de juros pelos principais bancos centrais seguem no radar, incluindo comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) durante esta sessão. Em Londres, a bolsa renovou seu recorde histórico de fechamento, após começar a semana fechada por feriado.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,15%, a 514,04 pontos.

    Em Zurique, a ação do UBS saltou 7,59%, após o banco suíço garantir seu primeiro lucro trimestral desde que assumiu o controle do Credit Suisse. Já a do UniCredit subiu 3,59% em Milão, após o segundo maior banco italiano superar expectativas de lucro e receita. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,75%, a 34.242,49 pontos.

    Ainda no setor bancário, o espanhol BBVA teve alta de quase 3,61%% em Madri, após o concorrente local Sabadell (-0,45%) recusar sua proposta de fusão. Na cidade, o Ibex35 avançou 1,50%, a 11.080,90 pontos. No petróleo, os resultados da BP decepcionaram, e a ação da petrolífera britânica caiu 1,31% em Londres, onde o FTSE 100 avançou 1,22%, a 8.313,67 pontos. Por outro lado, a Shell avançou 1,31%, com notícias de que planeja vender negócios de postos de gasolina na Malásia.

    No noticiário macroeconômico, as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,8% na comparação mensal de março, como esperado por analistas, mas as encomendas à indústria alemã sofreram queda maior do que se previa no mesmo período, de 0,4%. Em Frankfurt, o DAX avançou 1,45%, a 18.438,53 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,99%, a 8.075,68 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,95%, a 6.716,10 pontos.

    Também continua contribuindo para o tom positivo na Europa as perspectivas para a política monetária, com esperanças de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa começar a reduzir seu juros básicos a partir de setembro, diante de sinais de arrefecimento no mercado de trabalho americano. A Oxford Economics ainda esperamos que O Fed reduza as taxas em 50 pontos base neste ano e que o BCE corte em 100 pontos base.

    O BCE poderá começar a cortar juros na sua reunião do próximo mês, caso não haja mais choques nos preços ao consumidor, disse o dirigente Pablo Hernandez de Cos. “Se essas perspectivas de inflação se mantiverem, do meu ponto de vista, seria aconselhável começar a reduzir o atual nível de restrição monetária em junho”, disse. O dirigente do BCE Joachim Nagel projetou que os juros europeus devem eventualmente seguir uma trajetória de flexibilização, para um nível não muito elevado, mas ainda distante do registrado antes da pandemia.

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