• Bolsas da Ásia fecham em queda, ante temor com Oriente Médio, mas ajustam parte das perdas

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  • 19/abr 07:00
    Por Gabriel Bueno da Costa* / Estadão

    Os mercados acionários da Ásia registraram baixas, nesta sexta-feira. O aparente ataque de Israel ao Irã reforçou a cautela com o quadro geopolítico, mas houve tempo para redução das perdas, diante da avaliação de que o episódio, ao menos por enquanto, parecia limitado.

    Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,66%, em 37.068,35 pontos. A perda diária em pontos foi a maior desde fevereiro de 2021, no maior recuo porcentual do índice desde setembro de 2022. Além disso, havia espaço para a correção, após menos de um mês atrás Tóquio ter atingido máxima histórica. Ainda assim, o Nikkei reduziu perdas vistas nas mínimas intraday de mais cedo.

    Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,29%, em 3.065,38 pontos, e a de Shenzhen recuou 0,73%, a 1.764,10 pontos. Ações ligadas a serviços de consumo e de companhias de semicondutores puxaram as perdas. Neste caso, influiu o fato de que a TSMC reduziu a perspectiva para o crescimento do setor de chips em 2024, em quadro de demanda mais modesta dos consumidores. Hygon Information Technology caiu 4,8% e NAURA Technology Group, 2,2%. China Tourism Group Duty Free registrou baixa de 5,3%. Já papéis do setor de energia subiram, ante temores sobre a oferta com as tensões no Oriente Médio. PetroChina caiu 2,8% e Cnooc, 3,95%.

    O índice Kospi, da Bolsa de Seul, caiu 1,64%, a 2.591,55 pontos. Ações de empresas de semicondutores também estiveram sob pressão nesse mercado. Samsung Electronics caiu 2,5% e a fabricante de chips SK Hynix recuou 4,9%.

    Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,99%, em 16.224,14 pontos, com a ação da Li Auto liderando as perdas (-7,4%). Em Taiwan, o Taiex caiu 3,81%, a 19.527,12 pontos.

    Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,98% na Bolsa de Sydney, a 7.567,30 pontos. O mercado australiano teve a pior semana desde setembro, com recuo semanal de 2,8%, em quadro de menor expectativa por cortes de juros e crescentes temores ante o conflito no Oriente Médio. Houve ainda redução nas perdas no dia, mas todos os 11 setores terminaram com baixa, com os setor financeiro exibindo perda de pouco mais de 1%.

    * Com informações da Dow Jones Newswires

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