• Bolsa Atleta RJ tem representantes com chances de medalhas nas Olimpíadas de Paris

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  • 28/jul 08:40
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    As trajetórias de Rafaela Silva (judô), Marcus D’Almeida (tiro com arco) e Ygor Coelho (badminton) é prova de que o esporte é uma valiosa ferramenta de inclusão e transformação social, capaz de mudar vidas. Eles fazem parte do programa Bolsa Atleta RJ, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, e vão representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024.

    “É com muito orgulho que teremos esses representantes do Estado do Rio em Paris. O Bolsa Atleta RJ é um excelente mecanismo para o incentivo e fomento ao esporte, especialmente para que atletas possam se dedicar aos treinos, contribuindo para o desempenho profissional, social e familiar. Além disso, o programa contribui para deixar um legado nacional para as futuras gerações. Estaremos aqui torcendo por todos”, ressaltou o governador Cláudio Castro.

    Nascida na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, Rafaela Silva é um exemplo ativo e fonte de inspiração para outros beneficiados por projetos sociais incentivados pelo Governo do Rio. Com oito anos, ela começou a praticar judô no Instituto Reação, ONG criada pelo ex-judoca Flávio Canto. Desde então, perdeu a conta de quantas oponentes levou ao chão no tatame. Primeira brasileira a conquistar medalha de ouro em Mundial de Judô (2013) e em Olimpíadas (Rio 2016), ela é reconhecida por onde passa. Aos 32 anos, mira o lugar mais alto no pódio em Paris 2024.

    Rafaela Silva.
    Foto: Divulgação/CBJ

    “Eu não conhecia a arte marcial, mas me apaixonei rapidamente pelo judô, pela parte competitiva do esporte. E pelo que eu faço no tatame virei uma referência. Desde então, tenho conseguido inspirar outras pessoas. Assim como o judô transformou a minha vida, espero continuar a inspirar e motivar outras crianças e jovens a mudarem de vida também. É muito gratificante”, destacou Rafaela Silva.

    Em abril deste ano, Rafaela foi campeã do Campeonato Pan-Americano e da Oceania de Judô, realizado no Rio, ao vencer a canadense Christa Deguchi, atual campeã mundial e número um do mundo. Atualmente, Rafaela ocupa o sexto lugar no ranking mundial e disputa lugar entre os cabeças de chave na França, na categoria até 57kg.

    “O Bolsa Atleta RJ é um programa abrangente, que democratiza o acesso ao esporte e apoia atletas talentosos em busca do alto rendimento. Ao ter atletas competindo em níveis de excelência, como os Jogos Olímpicos, o programa estimula jovens e a sociedade a buscar oportunidades no esporte. É um programa amplo, democrático e que promove hábitos saudáveis, investindo em várias modalidades. Apoiar atletas de alto nível mostra que o trabalho bem feito pode alcançar o sucesso máximo e estimular mais pessoas”, disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

    Uma nova história com o Bolsa Atleta RJ

    O Bolsa Atleta RJ não tem fronteira. A premissa é apoiar, incentivar e fomentar o desenvolvimento do desporto e do paradesporto em todo o estado, com foco na base para revelar novos prodígios como Marcus D’Almeida. De Maricá, Região Metropolitana do Rio, o arqueiro, de 26 anos, chega a Paris com status de favorito ao pódio. Número 1 do mundo no tiro com arco, o atleta ainda comemora a conquista que considera a maior da carreira – a Final da Copa do Mundo, disputada no México, em agosto de 2023.

    Marcus D’Almeida.
    Foto: Divulgação/WAF

    Eleito o melhor atleta masculino do país no Prêmio Brasil Olímpico, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o arqueiro apelidado de “Robin Hood Brasileiro” tem consciência de que “grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Aos 26 anos, ele encabeça a lista de favoritos, com um único alvo na mira.

    “Ano de Olimpíada é o mais importante para nós, atletas. E ter o apoio do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Bolsa Atleta, é fundamental, pois podemos focar apenas na preparação. Esse apoio é crucial, principalmente em ano olímpico, que exige muito trabalho. Então, o atleta hoje que tem apoio do programa, tem tranquilidade para trabalhar e treinar. Por isso, me preparei muito para fazer o melhor em Paris”, destacou Marcus.

    Prodígio na modalidade, Marcus conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e, no mesmo ano, foi vice-campeão da Copa do Mundo, na Suíça, quando tinha apenas 16 anos. O atleta fluminense repetiu o desempenho no Mundial de 2021 e ficou com a medalha de bronze no torneio disputado em 2023, em Berlim, debaixo de muita chuva. Às vésperas da terceira Olimpíada, ele chega forte à disputa de arco recurvo.

    Marcus vive em Maricá, município que abriga o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira de Tiro com Arco, e é um dos com 538 atletas ativos no Bolsa Atleta RJ, programa gerido pela Secretaria de Esporte e Lazer, que concede apoio contínuo a atletas de diferentes categorias, com valores que variam de R$ 500 a R$ 5 mil, de acordo com pré-requisitos do edital.

    Talento no badminton em comunidade do Rio

    Da comunidade da Chacrinha para o mundo. A história de Ygor Coelho tem influenciado positivamente não apenas os moradores do local, mas milhares de entusiastas de badminton. Da Associação Miratus, ONG criada por seu pai, Sebastião Coelho, nasceu o projeto que garantiu a estreia olímpica do Brasil e de Ygor nos Jogos do Rio 2016.

    Ygor Coelho.
    Foto: Divulgação/Alexandre Loureiro/COB

    “É com grande satisfação que celebrei a vaga nas Olimpíadas de Paris. Sou grato ao programa Bolsa Atleta. E não apenas por me ajudar, mas também a outros atletas a realizarem sonhos. Tem campeão mundial, sul-americano, nacional. Agradeço ao Governo do Estado por todo o trabalho que tem feito pelo esporte do Rio de Janeiro”, destacou Ygor.

    Após apresentar a modalidade para milhões de brasileiros há oito anos, Ygor quer continuar a fazer história em Paris. Embora tenha passado em branco nas Olimpíadas do Rio 2016, ele conquistou o carinho na arquibancada do Riocentro e levantou os torcedores nos dois jogos que disputou. No Pan-Americano de Lima 2019, faturou a inédita medalha de ouro para o país, mas, em Tóquio 2020, foi eliminado na primeira fase com uma vitória e uma derrota. Número 48 do Ranking Olímpico, Ygor foi beneficiado pela regra que limita o número de vagas aos Comitês Olímpicos Nacionais (CONs).

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