• BNDES aprova financiamento de R$ 117 milhões para monitoramento e resposta a desastres no Rio

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  • 27/maio 12:18
    Por Daniela Amorim / Estadão

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou na manhã desta segunda-feira, 27, a aprovação de um financiamento de R$ 117 milhões para ações de monitoramento, prevenção e resposta a desastres climáticos no município do Rio de Janeiro. O apoio do banco de fomento corresponderá a 90% do investimento total do projeto da Prefeitura do Rio, que somará R$ 130 milhões.

    Segundo Mercadante, R$ 29 milhões serão investidos no Centro de Operações Rio (COR), que prevê, entre outras ações, um projeto para uso de inteligência artificial nas ações de monitoramento e resposta a desastres naturais.

    “Você vai reconstruir o Rio no plano digital, e com isso vai poder utilizar inteligência artificial para poder processar e aprimorar esse sistema que já é tão bem feito”, disse Mercadante.

    Os demais recursos serão investidos para melhorar o sistema já bem-sucedido do COR, afirmou Mercadante. “Queremos levar essa experiência do COR para o restante do Brasil. O BNDES quer pegar esse produto e transformar num produto para levar para o restante do Brasil”, anunciou.

    Segundo o prefeito Eduardo Paes, o principal intuito do Centro de Operações da Prefeitura do Rio é “salvar vidas”. “É inaceitável que alguém morra porque não foi avisado de uma enchente, quando você tem um serviço de meteorologia”, defendeu Paes, no evento de divulgação do acordo, na sede do COR, na região central da capital fluminense.

    Aloizio Mercadante lembrou que o Rio de Janeiro registrou recentemente episódios de sensação térmica de mais de 60ºC, mesmo no mês de maio, “totalmente atípico”, observou. Ao discorrer sobre os desafios do aquecimento global, Mercadante reafirmou que o BNDES participará da reconstrução do Rio Grande do Sul, que ainda sofre com a devastação pelas enchentes. O banco de fomento estaria pesquisando experiências de outros países que enfrentaram eventos climáticos extremos, como Japão, China e Indonésia.

    “Vamos estudar a fundo para desenhar um plano de reconstrução para o Rio Grande do Sul, porque isso vai acontecer em outras ocasiões”, previu. “Se você constrói nas mesmas condições, vai ter depressão econômica, porque esse problema vai voltar. Precisa reconstruir inovando”, acrescentou.

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