• Bittencourt: Crescimento substancial da receita contribuiu para déficit ser menor

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  • 29/07/2021 17:29
    Por Lorenna Rodrigues e Idiana Tomazelli / Estadão

    O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, disse nesta quinta-feira, 29 que o pagamento de R$ 34,5 bilhões em precatórios ajudou a aumentar o rombo fiscal em junho, mês em que essas despesas são tradicionalmente pagas.

    Em junho, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 73,553 bilhões, o segundo pior desempenho para o mês da série histórica, que tem início em 1997, atrás apenas de junho de 2020, quando o rombo foi de R$ 211,117 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

    Ele ressaltou que o crescimento substancial da receita ajudou o déficit a não ser ainda maior no mês passado. Em junho, as receitas tiveram alta real de 55,9% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas caíram 34,6% na mesma comparação, já descontada a inflação.

    “Estamos devolvendo o resultado primário para a trajetória que deve ter pós-pandemia”, completou.

    Arrecadação

    O secretário do Tesouro Nacional destacou a recuperação da arrecadação e disse que a receita não só se recuperou da crise, mas também está acima de patamares observados em 2019.

    No primeiro semestre, a receita total do governo teve um crescimento real de R$ 203,2 bilhões em relação a igual período de 2020.

    Segundo ele, não se trata apenas de uma recuperação sobre uma base depreciada, pois em 2020 houve queda na arrecadação e adiamento na cobrança de tributos.

    Ele citou que o mesmo programa de diferimento foi adotado este ano, mas não tem tido forte adesão porque as empresas não estão considerando economicamente necessário. “Isso mostra a força da arrecadação”, disse.

    Outro fator foi o ingresso de R$ 6,3 bilhões em recursos do Pronampe, pago pelas empresas que haviam tomado o crédito, no mês de junho.

    Pelo lado da despesa, Bittencourt destacou que a manutenção das regras fiscais tem sido importante para manter as despesas ordinárias, não relacionadas ao combate à pandemia de covid-19, em “nível de conforto” em relação aos limites de gastos.

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