Big Brother do lixo: Comdep instala câmeras para flagrar despejo irregular
Quantos pontos de descarte irregular de lixo, em especial de entulho, existem na cidade? Dezenas, centenas? Pois a Comdep instalou 30 câmeras de monitoramento para flagrar os porcalhões. Mas, não é pouco? Sem muitos detalhes fornecidos pela empresa, a gente acredita que tenham sido colocadas em locais onde virou tradição jogar entulho. Porém, nem de longe cobre tudo. Além disso, a Comdep oficializou 16 locais onde se pode desejar esse tipo de detrito. Mas, também não disse onde são esses pontos.
Será que funciona?
A gente fica pensando é que o Big Brother do lixo vai precisar flagrar, punir e divulgar isso, para desestimular a prática. Mas, a gente é meio descrente de que funcione, afinal, é só passar por esses 30 locais monitorados e jogar mais adiante. Sobre os locais oficializados como pontos de descarte regular, a gente fica pensando na felicidade dos moradores vizinhos, mesmo que a Comdep tire e limpe essas caçambas todos os dias.
Inconsistência no concurso da CPTrans
Se não bastassem as questões que reverenciaram a gestão Bomtempo e a pessoa do prefeito, o concurso da CPTrans ainda tem outro questionamento. Além de perguntas beeeem fracas, ainda rola uma outra situação: partes das provas com apenas cinco questões vão de encontro à exigência do próprio edital de ser aprovado se acertar 50% em cada disciplina. Como que acerta 50% de uma prova com questões em número ímpar? Candidatos já procuram a justiça.
Jurisprudência
Advogados falam que é uma questão de inconsistência e já existe uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que tende a ser seguida. Quando se tem uma quantidade ímpar de questões, é impossível se alcançar 50% de acertos. Assim, candidatos que acertaram uma questão a menos devem ser aprovados.
A pé
Na segunda-feira parecia que havia ocorrido um milagre: ônibus circulando sem quebrar. Usuários que se apoiam em grupos de whatsapp assinalaram com espanto e esperança a manhã tranquila. Durou somente até a hora do almoço. Depois disso foi uma quebradeira sem fim e por toda a parte. Por alto, contamos pelo menos 13 situações fora uma nova modalidade: as viagens que terminam no pé do morro porque os ônibus não têm força para subir. Segunda de noite, pessoal voltando do trabalho com sacola de compras, subiu a Rua Honduras, no Quitandinha, a pé.
Contagem
E Petrópolis está há 272 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Carnaval, uma saia justa
A gente entende a dúvida que a prefeitura tem (qualquer que seja o governo) quando o assunto é Carnaval: em uma época de muita chuva, que é o verão serrano, paira no ar a pergunta: não seria mais importante investir em obras, um questionamento de muitos. Isso sem contar no risco de temporais estragarem a festa. Mas vejam como é importante a manifestação cultural e apoio para que ela aconteça: a gente contou 26 blocos que desfilam ou ficam concentrados nas ruas e praças ao longo do Carnaval este ano. Isso sem falar nos eventos que a prefeitura apoia ou promove como o Carnaval da Liberdade, a Deguste e os bailinhos nos bairros e distritos.
Retomada
Ter 26 blocos, que são agrupamentos que surgem de forma espontânea, é muito bacana. E a última vez que rolou esta quantidade de blocos foi em 2018. Depois, a justiça se meteu alegando falta de segurança e fez exigências aos blocos que não conseguiram cumprir porque, logicamente, são blocos de bairro, formado por amigos, coisa sem ter profissional. Daí esvaziou, depois veio a pandemia, a enchente…
#ficaadica
E aí nos ocorre também: o desenrolo do Carnaval e organização teve a mão do vice-prefeito Paulo Mustrangi, entusiasta do samba. Vejam como ficou pronto com antecedência e tá tudo arrumadinho. E se a gente colocasse Mustrangi para tocar a Bauernfestb Natal Imperial?
Pavilhão da discórdia
Ambientalistas são contra o Pavilhão Niemeyer, obra de quase R$ 11 milhões, no Parque da Ipiranga. E vêm cobrando da prefeitura explicações sobre a iniciativa e demonstrando preocupação com a possibilidade de degradação da unidade de conservação. Eis que na última reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente, a prefeitura que bateu pé firme para erguer o pavilhão e ficou definido que seria divulgada uma nota de esclarecimento. Ela saiu ontem, mas não esclarece nada. O tom é mais político do que técnico e não explica qual a importância do pavilhão, como será esse gasto de quase R$ 11 milhões, que inclui obras de drenagem e contenção de encostas no local. Faltou muito dado técnico na defesa do projeto.
A conta é mais alta
E sem contar que o total de obra ali é de R$ 12,5 milhões porque entram os R$ 11 milhões do pavilhão e ainda tem mais R$ 1,5 milhão para a construção da sede do Parque.
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