• Bienal do Livro encerra 1º fim de semana com explosão de vendas e estandes lotados

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  • 09/set 07:57
    Por Sabrina Legramandi / Estadão

    O primeiro fim de semana da 27ª Bienal do Livro de São Paulo termina neste domingo, 8, com bons indicadores para o mercado editorial. Editoras relataram um aumento expressivo de vendas em comparação com a última edição, em 2022. O crescimento chegou a até 120%. Já havia uma expectativa de alta nas vendas entre os organizadores do evento, que começou na última sexta, 6, e segue até o próximo domingo, 15. Antes mesmo do início, os ingressos para o segundo dia da edição já estavam esgotados.

    O evento é realizado no Distrito Anhembi, espaço 15% maior que a Expo Center Norte, onde ocorreu a última edição. Mas a mudança não impediu reclamações de lotação. Usuários do Instagram, TikTok e Bluesky relataram que o local estava cheio e se queixaram das filas para conferir os estandes, especialmente das principais editoras.

    A lotação do evento, porém, já é esperada nos finais de semana e também ocorreu nos outros anos. A Bienal do Livro de São Paulo espera receber, até o encerramento, mais de 660 mil pessoas. Em contato com o Estadão, a assessoria do evento não revelou qual foi o público nesses primeiros dias – o balanço é divulgado no último domingo da feira.

    Explosão nas vendas

    A fila para entrar no estande da Rocco, segundo a própria editora, chegou até as 21h no sábado, 7. No dia, o faturamento da empresa já havia ultrapassado o resultado do primeiro fim de semana de 2022, representando um aumento de 52%. “Foi a maior venda histórica da editora em um único dia numa edição da Bienal de São Paulo”, informou.

    As vendas para a HarperCollins também foram satisfatórias: os três dias de evento proporcionaram metade do faturamento de toda a edição de 2022. Para a Intrínseca, a comparação com a última edição, considerando apenas o sábado, significou um crescimento de 82%.

    A Editora Planeta teve um resultado animador: as vendas em um período comparado de três dias ultrapassaram 120% dos valores da feira de 2022. Considerando as vendas computadas até as 14h30 do domingo, o Grupo Editorial Record já havia vendido mais do que a média de exemplares comercializados no primeiro fim de semana da última edição.

    Segundo a Record, o faturamento foi impulsionado pelo fenômeno Colleen Hoover, escritora que teve o livro mais vendido do Brasil no ano passado e, recentemente, ganhou uma adaptação de seu maior sucesso, É Assim Que Acaba, para os cinemas.

    Os gêneros romantasia, que une romance e universos fantásticos, e healing fiction, que traz histórias reconfortantes, também dominaram as vendas. Confira, abaixo, as listas de livros mais vendidos de algumas editoras presentes na Bienal.

    Intrínseca

    – Melhor do que nos filmes (Lynn Painter)

    – Apostando no amor (Lynn Painter)

    – Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong (Hwang Bo-Reum)

    – Murdle (G. T. Karber)

    – Impostora (R.F. Kuang)

    – Manual de assassinato para boas garotas (Holly Jackson)

    – Vou te receitar um gato (Syou Ishida)

    – Mil vezes amor (Lynn Painter)

    – Coraline (Neil Gaiman)

    – Táticas do amor (Sarah Adams)

    Rocco

    – Powerless (Lauren Roberts)

    – Amêndoas (Won-pyung Sohn)

    – Quebrando o gelo (Hannah Grace)

    – O Impulso (Won-pyung Sohn)

    – A Hora da Estrela (Clarice Lispector)

    – O Abismo de Celina (Ariane Castelo)

    – As Vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky)

    – No Calor do Momento (Hannah Grace)

    – Box Jogos Vorazes (Suzanne Collins)

    – Lightlark (Alex Aster)

    Planeta

    – Quarta asa (Rebecca Yarros)

    – Chama de ferro (Rebecca Yarros)

    – As aventuras de Mike 1 (Gabriel Dearo e Manu Digilio)

    HarperCollins

    A editora não divulgou um ranking de mais vendidos, mas afirmou que os mais procurados foram os livros de J.R.R. Tolkien e de C.S. Lewis, com destaque para As crônicas de Nárnia.

    A editora Harlequin, focada em romances, teve os livros mais procurados do estante, dentre eles: O despertar da lua caída, de Sarah A. Parker, Um salto para o amor, de Aione Simões, e Amor às causas perdidas, de Paola Aleksandra.

    Na Thomas Nelson Brasil, de literatura cristã, o mais vendido foi o livro É para o meu bem, de Fernanda Witwytzky.

    Grupo Editorial Record

    A empresa também não divulgou um ranking, mas disse que o maior destaque foi o fenômeno Colleen Hoover. As autoras nacionais Babi A. Sette, de O beijo da neve, e Elayne Baeta, de O amor não é óbvio, estiveram entre os autores com os cinco livros mais vendidos da editora.

    Como conseguir ingressos para a Bienal do Livro?

    A venda de ingressos para a Bienal está disponível no site oficial do evento. As entradas custam R$ 35 (inteira) e R$ 17,50 (meia-entrada).

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