• Biden alerta sobre movimentações contra tropas dos EUA no Oriente Médio, e ameaça resposta

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  • 25/10/2023 15:52
    Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast / Estadão

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou nesta quarta-feira, 25, especialmente às autoridades iranianas, que caso os ataques contra as tropas americanas no Oriente Médio continuem avançando, o que ocorreu nos últimos dias, “nós responderemos”. Em coletiva de imprensa, o democrata afirmou que Teerã deve estar preparada para este cenário. Por sua vez, o presidente lembrou que a presença militar dos EUA na região ocorre há décadas, e que não está necessariamente relacionada com o atual conflito envolvendo Israel.

    Sobre a guerra, Biden reafirmou acreditar que Israel tem o direito de responder aos ataques contra seu povo. Por sua vez, o presidente disse apoiar um caminho pela chamada Solução de Dois Estados, e disse que a proposta é a mais defendida por uma série de autoridades com quem vem conversando. O democrata apontou que acredita que uma das razões dos ataques do Hamas em 7 de outubro foi a integração de Israel na região, como na aproximação com o governo saudita. Biden disse ainda que os ataques de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia devem “parar agora”.

    O presidente afirmou que não exigiu que Israel adiasse a invasão da Faixa de Gaza para dar mais tempo de negociação aos reféns, mas disse que, se for possível, “eles deveriam”. “A questão é se há ou não alguma maneira de retirá-los. Se pudermos retirá-los, deveríamos retirá-los”, apontou. Ainda segundo o democrata, o fluxo de ajuda humanitária para Gaza está aumentando. Questionado sobre a contagem de mortes fornecida pelo Ministério da Saúde controlado pelo Hamas em Gaza Biden respondeu: “Não tenho confiança no número que os palestinos estão usando”.

    As declarações foram feitas junto ao primeiro-ministro da Austrália, Antony Albanese, com quem o presidente se reuniu. Na ocasião, ambos reforçaram a parceria Aukus, que conta ainda com o Reino Unido. Visto como um contraponto militar à China, o americano disse que irá competir com Pequim, mas que não está buscando por conflito.

    “Com o G7, estamos preparando alternativas à iniciativa Belt and Road”, disse o presidente, mencionando o plano chinês de investimentos em infraestrutura no exterior. Segundo Biden, a China está enfrentando uma série de problemas internos, e o crescimento econômico do país está estagnado relativamente ao que era.

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