Beneficiários seguem relatando problemas na recarga dos cartões do SuperaRJ; Estado afirma que pagamentos estão regulares

Diversos beneficiários do programa SuperaRj vêm enfrentando, há alguns meses, problemas com as recargas do cartão. Alguns relatam atrasos para a realização da recarga e outros, falta de informação no que diz respeito a não estarem mais entre os elegíveis para o recebimento do benefício. No entanto, o Governo do Estado afirma que não há problema com os pagamentos.

“Diversas pessoas receberam a última recarga ainda no início de março e não estamos mais recebendo. Acho um absurdo, já que diversos beneficiários seguem tendo as recargas, enquanto outros não. Foi prometido que o programa iria até o final de 2023, mas isso não está sendo cumprido. Nós, petropolitanos, ainda não nos recuperamos do desastre na cidade e precisamos de ajuda ainda, já que está difícil de conseguir emprego.”, conta uma beneficiária do SuperaRJ, que preferiu não se identificar.

Segundo o portal da transparência do benefício, em março, último mês com dados disponíveis, 997 pessoas receberam a recarga do programa em Petrópolis, com um valor médio de R$ 283,56 por usuário, totalizando R$ 282.710,00. O número de beneficiários é bem inferior a fevereiro, um mês antes, por exemplo, quando 1.519 pessoas receberam o auxílio no município.

Em abril, um problema já havia ocorrido com o benefício, quando diversas pessoas tiveram atrasos em seus pagamentos e foi alegada uma falha no processamento dos pagamentos.

Criado como um programa de renda mínima do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o SuperaRJ foi feito para combater a crise econômica causada pela pandemia de covid-19, beneficiando famílias em estado de vulnerabilidade social. Além disso, foi estendido até o fim de dezembro deste ano.

O que diz o Estado

Questionada, a Secretaria de Desenvolviemento Social e Direitos Humanos afirmou que os pagamentos do programa estão regulares e que, em alguns casos, o beneficiário deve consultar o site do programa para verificar a elegibilidade. Segundo a secretaria, pelas regras do programa, é normal que alguns beneficiários sejam elegíveis em um mês e em outro não.