• Bate-papo esclarece doenças renais em gatos e cachorros

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  • 05/04/2018 09:26

    Assim como nos humanos, as doenças renais podem afetar e causar grandes consequências aos bichos de estimação. Apesar de atingir caninos e felinos, os gatos são mais suscetíveis à patologia, grande causadora do fluxo destes animais ao veterinário, impactando 60% dos gatos idosos. Não há causas específicas para este mal, pois geralmente o peludo já nasce com propensão ao problema e conforme o animal vai envelhecendo e perdendo as funções do órgão, desenvolvem-se as complicações.

    De acordo com a médica veterinária Priscila Mesiano, normalmente, em cães, a insuficiência renal cursa com sintomas graves. “É preciso ficar atento a emagrecimento, perda de apetite, vômito, diarreia, mau hálito e úlceras como se fossem aftas na boca. Ao perceber esses sintomas, o tutor deve levar o animalzinho o quanto antes a um médico veterinário para que o profissional faça exames de sangue, clínico e de imagem e detecte se realmente a função renal do cachorro está alterada”, complementa.

    Nos cachorros, as doenças renais são muito mais graves do que nos gatos, por conta do aumento das taxas de ureia e creatinina que podem levar o animal a óbito. Por isso é fundamental, diagnosticar a doença o quanto antes a fim de se tentar estabilizar o cão e seguir com tratamentos como fluidoterapia, medicamentos de suporte por um período, além de diálise peritonial e hemodiálise. “Quando a insuficiência renal é aguda é possível reverter e tornar o animalzinho saudável novamente, mas a maioria dos casos que nós atendemos são tão tardios que já se apresentam insuficiência renal crônica e uma vez crônica, o animal vai precisar ser tratado para o resto da vida com fluidoterapia, medicamentos e rações medicamentosas”, alerta.

    Assim como nos cães, as doenças renais em felinos costumam aparecer em animais mais idosos, a partir dos sete a oito anos de idade. “A doença renal em felinos é muito comum e eu oriento os tutores à realização de checkups anuais nos gatinhos para que sejam solicitados exames de função renal, como sangue, urina e ultrassonografia, a fim de se avaliar como está funcionando o rim do bichano, já que muitas vezes a insuficiência renal começa sem sintomas aparentes no animal.”, diferencia.

    Os sintomas aparecem mais tardiamente quando o gato já está com perda de função renal. O gatinho passa a beber mais água e fazer mais xixi, diferentemente dos humanos que possuem dificuldade de fazer xixi quando estão com os rins afetados. Vômito, emagrecimento, perda de apetite e hálito forte também estão presentes. “Os gatos bebem pouca água e é preciso estimular este hábito como prevenção, por meio de alimentação úmida, colocando mais vasilhas grandes pela casa ou usando fontes. Também é possível fazer caldinho de carne ou de frango ou colocar algo atraente dentro da água do gato, como cubinhos de gelo ou pedacinhos de fruta”, indica.


    Evento Doenças Renais em Felinos 

    Para quem quiser saber mais sobre o assunto, nesta quinta-feira (5), de 10h às 14h, haverá café da manhã e bate-papo com tutores de gatos sobre doenças renais e a importância do diagnóstico precoce, com apoio da Elanco e Fortekor, na Clínica Veterinária Amigo Bicho, localizada na Rua Montecaseros, 414, em Petrópolis.

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