Banda Shaman acaba depois de declarações pró-golpistas realizadas por baterista
Chega ao fim a banda de rock brasileira Shaman. O anúncio foi realizado por Hugo Mariutti, guitarrista do grupo. Anteriormente, o baixista, Luis Mariutti, havia publicado um vídeo em que comunicava a sua saída da banda. A parceria chega ao fim depois que o baterista, Ricardo Confessori, ter se posicionado em defesa dos bolsonaristas golpistas que atacaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo, 8.
Hugo Mariutti publicou em sua página no Instagram um comunicado em que informava que a banda chegava ao fim, mas que as agendas que já foram anunciadas seriam cumpridas. “O Shaman está encerrando as atividades. Compromissos serão mantidos mas, infelizmente, os ciclos acabam. Agradeço a todos os fãs pelo carinho.”
Mais cedo, Luis Mariutti afirmou que estava deixando a Shaman, depois de 30 anos. “O episódio de hoje do Ricardo serviu para me alertar para muita coisa, porque foram faladas coisas muito sérias e coisas que hoje em dia não cabem mais”, disse. “Esse episódio me fez ver que estou me sentindo muito fora do Shaman.”
No dia 1º de janeiro, quando Lula tomou posse, Ricardo Confessori compartilhou um tuíte em que o comediante Danilo Gentili insinuava que seria alvo de críticas a partir daquela data. Dizia que, com a chegada do novo governo, seria proibido criticar o presidente e a primeira-dama sob o risco de ser tachado de “machista”. Conteúdos como esse são corriqueiros no perfil do baterista, razão pela qual ele foi criticado pelos fãs diversas vezes.
Depois que a discussão ganhou as redes sociais, o baterista fez um vídeo em que se posicionava sobre a questão. Nas imagens, ele buscou distinguir a sua forma de pensar dos valores carregados pela banda. “Gostaria de deixar algumas coisas bem claras aqui. Vocês que acabaram vendo algumas discussões acaloradas aqui, por alguns posts políticos, eu queria deixar bem claro que as posições e as opiniões aqui emitidas no meu canal, no canal Ricardo Confessori, são exclusivamente minhas”, afirmou. “Elas não se expandem para empresas, grupos, escolas ou qualquer outro tipo de grupo do qual eu faça parte.”