• Banco Mundial: preços de commodities devem tombar em 2025, aos menores níveis desde a pandemia

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/abr 16:27
    Por Laís Adriana / Estadão

    Os preços globais de commodities devem tombar 12% em 2025 e ter queda adicional de 5% em 2026, aos menores níveis desde a pandemia de covid-19 em 2020, segundo relatório do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira, 29. A instituição aponta que este declínio pode moderar os riscos de inflação emergindo de barreiras comerciais no curto prazo, mas pesará sobre a perspectiva de progresso econômico em “duas a cada três economias em desenvolvimento”.

    O Banco Mundial projeta que somente os preços de energia devem reduzir 17% neste ano, antes de cair mais 6% em 2026. Os preços do Brent devem permanecer em uma média de US$ 64 o barril em 2025, um declínio de US$ 17 o barril em comparação a 2024, e de US$ 60 no próximo ano. Para a instituição, a oferta global do óleo deve exceder a demanda em 0,7 milhões de barris por dia (bpd) neste ano, apesar da provável limitação de projetos de produção nos EUA devido a queda nos preços do WTI.

    O relatório prevê queda de 27% nos preços do carvão em 2025 e retração adicional de 5% em 2026, conforme desacelera o consumo da commodity para geração de energia em economias em desenvolvimento. Os preços de metais industriais devem cair em bloco nos próximos dois anos, a medida que a demanda diminui com as tensões comerciais e a persistência da fraqueza do setor imobiliário da China. O cobre negociado na London Metals Exchange (LME) deve ceder a US$ 8.200 por tonelada em 2025, uma queda de 10% ante o ano anterior, e depois a US$ 8.000 por tonelada em 2026.

    Na contramão, o Banco Mundial projeta alta nos preços do ouro a US$ 3.250 a onça-troy em 2025 e estabilização próxima deste nível em 2026, tendo em vista que o metal precioso continuará uma “escolha popular” como ativo seguro.

    O relatório também nota que a volatilidade dos preços de commodities está no seu nível mais alto desde 1970 e recomenda que economias em desenvolvimento tomem medidas para se proteger, que incluem restaurar disciplina fiscal, liberalizar o comércio quando possível e ampliar atração de capital privado.

    Últimas