• Banco credita por engano US$ 81 trilhões em conta de cliente em transação que seria de US$ 280

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  • 28/fev 17:24
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    O Citigroup creditou erroneamente US$ 81 trilhões na conta de um cliente no último mês de abril, quando pretendia creditar US$ 280, segundo reportagem do jornal britânico Financial Times, que cita um relatório interno do banco e pessoas familiarizadas com o evento. O banco disse ao jornal que seus “controles de detecção identificaram prontamente o erro” e que a transferência foi revertida.

    A transferência interna não teria sido notada por um funcionário de pagamentos e por um segundo funcionário designado para verificar a transação antes que ela fosse aprovada para ser processada no início do expediente no dia seguinte.

    Um terceiro funcionário teria detectado um problema com os saldos das contas do banco, notando a transferência 90 minutos após ela ser lançada.

    O pagamento foi revertido e nenhum fundo saiu do banco.

    O Citigroup disse ao Financial Times que seus “controles de detecção identificaram prontamente o erro” e que a entrada foi revertida.

    Também afirmou que esses mecanismos “também teriam impedido que quaisquer fundos” deixassem o banco. “Embora não tenha havido impacto para o banco ou nosso cliente, o episódio ressalta nossos esforços contínuos para continuar eliminando processos manuais e automatizando controles”, informou.

    O “quase acidente” – como é chamado quando um banco processa o valor errado, mas recupera os fundos – foi divulgado ao Federal Reserve, que é o banco central dos EUA, e ao Office of the Comptroller of the Currency, diz o FT.

    O veículo afirma que um relatório interno do banco aponta que houve um total de 10 “quase acidentes” de US$ 1 bilhão ou mais no ano passado, queda em relação aos 13 do ano anterior. O Citi se recusou a comentar.

    O FT destaca que não há dados abrangentes sobre a frequência dos “quase acidentes”, porque esses episódios não precisam ser relatados aos reguladores, mas que especialistas afirmam que ocorrências do tipo de mais de US$ 1 bilhão eram incomuns no setor bancário dos EUA.

    O jornal ainda afirma que o incidente ocorre enquanto o banco busca amenizar preocupações regulatórias nos EUA sobre seus processos de gerenciamento de risco.

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