Bairros seguem sem luz mesmo após a chuva cessar

A falta de energia elétrica está gerando caos em vários locais da cidade. Na localidade do Malta, em Araras, casas estão sem energia elétrica desde quinta-feira, dia 30 dezembro. No Vale Florido, que fica na Fazenda Inglesa, cerca de 200 residências estão sem luz, em algumas ruas, a queda de energia iniciou na madrugada do dia 31. Moradores idosos e enfermos sãos os que mais estão sofrendo sem o fornecimento de energia. As interrupções foram causadas por quedas de árvores e galhos sobre a fiação elétrica e também de postes. A Enel, concessionária de fornecimento de energia informo que reforçou as equipes para restabelecer a energia dos clientes afetados.
Em toda a comunidade do Malta, a chuva e o vento derrubaram galhos, árvores e também um poste. No sábado (1º de dezembro), equipes da Enel, da Defesa Civil e Comdep estiveram no local para desinterditar algumas ruas. No entanto, os problemas persistem e algumas vias ainda estão sem fornecimento de energia e com árvores e galhos caídos. É o caso da Rua Paulo Geraldo Milliet, onde um galho de árvore continua sobre afiação, interditando ainda a via e impedindo o acesso do ônibus que atende a comunidade Vista Alegre. “Nos encontramos em uma situação muito difícil. Estamos há pelo menos três dias sofrendo com queda e falta de energia. Cuido de minha sogra que tem 95 anos e está acamada. E sem energia os cuidados que ela necessita ficam muito prejudicados”, reclamou a moradora Paula Mori.
Especificamente na Rua Agnello Barreiros, ainda no Malta, foi registrada a queda de galho na fiação no dia 30 de dezembro às 22h55. Até este domingo (2), cerca de 10 residências continuam sem luz.
O problema se repete do Vale Florido. Por diversas ruas, foram registradas quedas de árvores e galhos e também de um poste, especificamente na Rua Paulo Vitor Santana. O poste tombou por volta de 1h da madrugada do dia 1°, segundo o morador Joelson Seabra. “Nossa rua está sem energia elétrica desde então, assim como várias outras ruas do vale. Várias equipes da Enel já vieram aqui mas ninguém se entende e não resolvem. Turistas deixaram pousadas devido à falta de energia”, apontou.
A situação de Ligia de Albuquerque, moradora da Ponte Nova, também Vale Florido, é ainda pior, que está sem luz desde 5h da manhã do dia 31 de dezembro. Com a mãe de 85 anos em casa, cadeirante, cardíaca e paciente renal, ela se desespera ao ver a medicação pós-hemodiálise que necessita de congelamento estragando. Cada ampola do medicamento, fornecida pelo SUS, custa em média R$ 1 mil no mercado. “Minha mãe também precisa fazer uso de medicamento via nebulização. Já fiz apelo à Enel mas não me atendem”, contou. “Se os alimentos que estavam na geladeira já estragaram todos, imagina o medicamento?”, questionou.
Na Mosela, a energia foi interrompida também no dia 31 em vários pontos, e moradores da Rua Servidão Jacob Wendling continua às escuras. “Vários moradores já entraram em contato com a Enel por várias vezes e até agora não mandou nem uma equipe até o local para verificar o problema”, reclamou o morador Vitor Vogel.
Por meio de nota, a Enel informou que as fortes chuvas com ventos de até 80 km/h, registradas nas últimas 72 horas, na Região Serrana, afetou o fornecimento de energia para alguns clientes. A força dos ventos causou a queda de galhos e árvores sobre a fiação elétrica, destruindo vários trechos da rede. A companhia destaca que 80% dos clientes impactados já estão com o serviço integralmente normalizado. A empresa reforça, ainda, que aumentou em 10 vezes o número de equipes em campo em comparação ao normal para restabelecer o fornecimento para todos os clientes o mais rápido possível.

A Enel alerta que todos os clientes que possuam em suas residências equipamentos de autonomia limitada, vitais à preservação da vida humana e dependentes de energia elétrica, se cadastrem como cliente vital, para que sejam monitorados e possuam atendimento prioritário em caso de falhas. O cadastro pode ser feito através do link.