• Autor de ataque em Praga tinha munição para massacre maior

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  • 23/12/2023 08:08
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    A polícia da República Checa afirmou nesta sexta-feira, 22, que o atirador que deixou 14 mortos e 25 feridos na quinta-feira, 21, em uma universidade no centro de Praga tinha munição para causar um massacre ainda maior. Isso só não ocorreu porque houve a intervenção dos policiais para conter o atirador, que acabou cometendo suicídio.

    Os primeiros policiais chegaram ao local minutos depois que o atirador, identificado como um estudante checo de 24 anos, começou a fazer os disparos. Os policiais já procuravam o suspeito havia horas. Eles encontraram o corpo de seu pai em sua casa na cidade de Hostounn, a 35 quilômetros de Praga. Mais de 220 policiais estiveram envolvidos na operação, segundo o chefe de polícia de Praga, Petr Matejicek.

    O agressor entrou no prédio da Faculdade de Artes e disparou indiscriminadamente. Em seguida, se dirigiu ao telhado do prédio da Universidade Carolina de Praga e começou a atirar contra pessoas na rua. Mais tarde, cercado por policiais, o agressor, que tinha porte de arma, se matou.

    A polícia não especificou o tipo de arma ou munição usadas no ataque, o pior na história recente do país. De acordo com relatos de testemunhas, a presença do agressor no prédio levou a cenas dramáticas, com pessoas pulando de parapeitos.

    Entre os mortos está Lenka Hlavkova, diretora do Instituto de Musicologia da universidade. Os estudantes também fizeram barricadas nas salas de aula para impedir a entrada do agressor.

    Segundo a polícia, o atirador é ainda suspeito de ter cometido um duplo assassinato, de um pai de 32 anos e seu bebê, de 2 meses, em uma floresta perto de Praga, no dia 15.

    Homenagem

    Dezenas de checos se reuniram ontem em frente à universidade para prestar homenagem às vítimas. Na entrada do prédio, e em pequenos grupos, eles criaram um memorial com centenas de velas e flores. “Não estamos nos EUA, essas coisas não acontecem na República Checa”, declarou Richard Smaha, um aluno de 17 anos de uma escola próxima. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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