• Audiência Pública na Alerj vai discutir soluções para moradores do Ingá, na Posse

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  • 16/jun 15:38
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Arquivo/Tribuna

    Uma audiência pública está marcada para esta terça-feira (17), às 10h, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para discutir a atual situação e soluções para moradores da região do Ingá, na Posse, que convivem com recorrentes desplacamentos de rochas na localidade. O encontro vai reunir autoridades estaduais e municipais, representantes do Ministério Público, da Defesa Civil e do Departamento de Recursos Minerais (DRM), além de moradores da região.

    “Os moradores do Ingá estão há mais de uma década vivendo sob o risco permanente de desabamento. Mais de 40 famílias já foram removidas de suas casas e até hoje não têm resposta definitiva do poder público sobre indenizações ou reassentamento”, afirmou o deputado Yuri Moura.

    A preocupação se intensificou em fevereiro deste ano, quando um novo episódio de desplacamento obrigou a Prefeitura a decretar situação de emergência no local, por meio do Decreto 18/2025. O Governo Federal reconheceu o estado de calamidade e liberou recursos emergenciais, mas, segundo o parlamentar, essas verbas não são suficientes para resolver o problema.

    “Esses recursos cobrem apenas ações imediatas e de capacitação técnica da Defesa Civil. Não servem para reparar as perdas materiais e garantir dignidade às famílias”, disse.

    Desde 2014, a pedreira do Ingá vem apresentando episódios de desplacamentos, com registros nos anos de 2017, 2019 e 2024. O evento mais grave ocorreu no ano passado, quando um grande fragmento rochoso desabou, interditando toda a Rua da Pedreira e dezenas de imóveis adjacentes. Estudos do DRM confirmam que grande parte da pedreira está condenada e que a instabilidade geológica tende a se agravar com o tempo.

    Em 2019, a Defesa Civil de Petrópolis interditou preventivamente 40 imóveis, deixando 23 famílias cadastradas no CRAS para apoio social. Atualmente, mais de 35 imóveis permanecem interditados e seus moradores dependem do aluguel social concedido pela Prefeitura.

    “O laudo técnico do DRM é categórico ao afirmar que a área apresenta altíssimo risco e que qualquer tentativa de estabilização com maquinário pesado poderia provocar novos deslizamentos. Diante desse cenário, é obrigação do Estado e do Município apresentar uma solução definitiva: ou a contenção com tecnologia segura ou a desapropriação com justa indenização”, ressaltou o deputado.

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