• Audiência de conciliação vai decidir futuro da greve dos rodoviários

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  • 02/04/2022 08:00
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Na próxima segunda-feira(4), o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Petrópolis e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários de Petrópolis se reúnem em uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. O despacho assinado pela desembargadora Edith Tourinho, Presidente do TRT – Tribunal Regional do Trabalho tem como meta tentar uma conciliação entre os sindicatos, e pede, dentre outras coisas, a nulidade da greve. 

    O estado de greve foi votado e aprovado na última quinta-feira, em Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Sindicato dos Rodoviários. “Recebemos a intimação por parte do TRT e estaremos na audiência para fazer valer o direito do trabalhador rodoviário. O que mais nos assombrou foi o fato de o Setranspetro ter aberto o processo, na quarta-feira, 30 de março, às 11h45, mais de 24h antes da divulgação do resultado da Assembleia Geral Extraordinária. Essa atitude dos empresários nos faz crer, que eles mesmos já entendiam que as propostas apresentadas, em resposta ao pedido dos trabalhadores, não condizem com o que é justo para com o rodoviário”, pontuou Edson de Oliveira, presidente do Sind. Rodoviários.

    De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários, no processo protocolado o Setranspetro pediu que o Poder Judiciário, por meio da Justiça do Trabalho e do TRT – Tribunal Regional do Trabalho impedissem que o Sindicato dos Trabalhadores realizasse a Assembleia Geral Extraordinária, do dia 31 de março, para decretar o estado de greve, bem como outras deliberações.

    “Chegamos num momento assustador no que diz respeito à relação entre o Sind. Rodoviários e o Setranspetro. O trabalhador e a sociedade precisam entender que os empresários queriam, por meio da força da Justiça, nos proibir de discutir entre os trabalhadores da categoria o que queremos de melhorias para o nosso dia a dia de trabalho e para a nossa remuneração, anulando o nosso direito de pedir e estabelecer uma greve. Parece piada, mas os empresários pedem que, caso a greve ocorra, que 80% da frota dos ônibus da cidade estejam em circulação. Que greve é essa com 80% dos trabalhadores atuando?”, salientou indignado Edson.

    De acordo com o Setor Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores todos os passos legais para o estabelecimento da greve estão sendo cumpridos, de forma que os rodoviários vão suspender as atividades na terça-feira, 05 de abril, às 23h59, e de forma que a greve se estabelece a partir da madrugada da quarta-feira, dia 06 de abril.

    De acordo com o Sindicato, todos os cidadãos e a legislação estão sendo respeitados, e por isso, vai respeitar o que está previsto no artigo 11 a Lei de Greve, ou seja, a Lei 7.783 de 28/06/1989, e manter o mínimo da frota obrigatória, visto que a atividade dos rodoviários se trata de atividade essencial para a sociedade civil.

    “No ofício que enviamos para a Cptrans – Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes e para o Setranspetro, comunicamos que manteremos o mínimo de 30% do serviço em funcionamento e solicitamos uma reunião com a direção das instituições, para em comum acordo, garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”, finalizou o presidente do Sindicato.

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