• Atrasos em pagamentos ainda impactam serviços públicos e provocam protestos em Petrópolis

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  • 13/nov 19:29
    Por Wellington Daniel | Foto: Reprodução/Redes Sociais

    A Prefeitura de Petrópolis anunciou, nesta terça-feira (12), a regularização de parte dos pagamentos pendentes. No entanto, diversos serviços públicos continuam afetados por atrasos. Estagiários e trabalhadores contratados como RPAs ligados à Secretaria de Educação marcam uma manifestação para esta quinta-feira (14), cobrando seus salários ainda não recebidos. Terceirizados da iluminação pública também protestaram nesta quarta-feira (13). Além disso, o aluguel social, benefício de R$ 550 para cerca de 300 famílias afetadas por chuvas anteriores a 2022, também não foi pago.

    Rodoviários da Viação Turp paralisaram o transporte público nesta quarta-feira (13) devido a atrasos salariais, afetando a mobilidade da população em diversas áreas da cidade. A empresa alega dificuldades financeiras pela falta de repasse do Vale-Educação pela Prefeitura. O município respondeu que esse aporte é destinado apenas a cobrir gratuidades e não para salários. O valor calculado consta da planilha tarifária usada para reajustes.

    Leia também: Pagamentos são efetuados e rodoviários da Turp encerram paralisação dos ônibus

    Manifestações por atrasos de estagiários e RPAs

    Estagiários e RPAs da Secretaria de Educação, afetados por atrasos recorrentes, vão protestar nesta quinta-feira (14), exigindo a regularização dos pagamentos. Embora a Prefeitura tenha anunciado a normalização de verbas para o Programa de Desenvolvimento da Rede Municipal de Ensino (PGDREM), transporte escolar para estudantes com deficiência e merenda escolar, nada foi mencionado sobre esses profissionais.

    “Com o recesso até o dia 20, a gente teme que o repasse só ocorra no dia 21. Muitos de nós temos contas a vencer que geram juros. Não podemos esperar tanto tempo”, disse uma estagiária, que preferiu anonimato por receio de represálias.

    Aluguel social em atraso

    O Movimento do Aluguel Social e Moradia de Petrópolis também denuncia atrasos no repasse de R$ 550, referente ao aluguel social de cerca de 300 famílias afetadas por enchentes anteriores a 2022. Segundo Claudia Renata, representante do movimento, “a situação não foi normalizada, e as famílias seguem reclamando”, lembrando que o pagamento deveria ocorrer até o décimo dia do mês.

    Terceirizados da iluminação e da Educação também protestam

    Trabalhadores da empresa terceirizada responsável pela iluminação pública realizaram um protesto nesta quarta-feira (13), bloqueando parcialmente a Rua Quissamã, para denunciar o atraso nos salários, FGTS, vale-transporte e rescisões.

    Funcionários da iluminação pública realizaram manifestação nesta quarta-feira (13).
    Foto: Reprodução/Redes Sociais

    Na segunda-feira (11), funcionários da terceirizada da Educação também protestaram no Centro da cidade, devido a um atraso de salários. Após o ato, a Prefeitura anunciou o repasse do valor à empresa.

    Transporte escolar retoma atividades

    A Prefeitura também informou que, após reunião nesta quarta-feira (13), os motoristas que fazem o transporte de estudantes com deficiência decidiram pelo retorno imediato das atividades. Os profissionais precisaram realizar a paralisação, pois ficaram dois meses sem receber.

    Leia também: MPRJ pede na Justiça que Prefeitura regularize em até 24h transporte de alunos com deficiência

    Na nota, o município voltou a atribuir as dificuldades a queda do Índice de Participação do Município (IPM), que define o quanto a cidade recebe de repasses estaduais, como o ICMS. “A Prefeitura de Petrópolis segue empenhada em resolver todas as questões impactadas pela falta de recursos do ICMS, a fim de garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais à população”, diz um trecho.

    A Tribuna questionou à Prefeitura sobre a reposição das aulas perdidas pelos alunos, mas o município não respondeu. As demais questões levantadas pela reportagem também foram questionadas, mas não houve resposta.

    A reportagem também tentou contato com a terceirizada da iluminação pública por e-mail e por telefone, mas não obteve retorno.

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