Atleta trabalha forte em busca do tricampeonato
Aos seis anos de idade, Mayra Aguiar escapava das aulas de balé para acompanhar os treinos de judô da irmã mais velha. As fugas foram tantas que a mãe pediu ao professor da modalidade que acolhesse a caçula, que ainda não tinha idade para começar no esporte. Ele aceitou e o Brasil perdeu uma bailarina para ganhar uma das maiores judocas da história. Com 27 anos, a bicampeã mundial se prepara para lutar pelo tri em 2019 enquanto alimenta o sonho de conquistar o ouro olímpico em 2020.
O destino de Mayra a levará ao Japão, terra onde nasceu o judô, em busca de conquistas. Primeiro, compete no Mundial. No ano seguinte é a vez da Olimpíada. Para ela, é um passo de cada vez. “2019 será um um ano muito importante, pois vamos buscar a vaga da equipe brasileira para os Jogos de 2020 e também pontos para a classificação individual.
Nesse sentido, não podemos esquecer dos Pan-Americano, que é uma competição muito forte e vale muitos pontos no ranking. Mas claro que o principal foco da temporada será o Campeonato Mundial”, explica a medalha de ouro nos mundiais de Cheliabinsk 2014 e Budapeste 2017, ambos na categoria meio-pesado (até 78kg).
Maya sabe das expectativas internas e externas para o tricampeonato mundial, mas garante trabalhar para evitar ainda mais pressão.
Além do tricampeonato mundial e do ouro olímpico, ambos no Japão, Mayra não deixa os Jogos Pan-americanos de lado. Assim como na Olimpíada, na qual tem dois bronzes, a judoca ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio na disputa continental. Ela ganhou prata no Rio de Janeiro/2007 (ainda na categoria abaixo de 70 kg), bronze em Guadalajara/2011 e prata em Toronto/2015, ambos na meio-pesado.