• Atila Iamarino conquista espaço na TV aberta

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  • 08/06/2022 08:00
    Por Eliana Silva de Souza / Estadão

    Nunca antes se falou tanto em ciência como no atual momento, que teve a pandemia da covid como propulsor. E foi por esse mesmo motivo que profissionais saíram de seus nichos para ganhar a simpatia e atenção do público em geral. Desde sempre muito reconhecido por seu conhecimento na área, mantendo um canal de sucesso no YouTube, o biólogo e estudioso Atila Iamarino comanda a partir de sábado, 11, na TV Cultura, o programa Hiperconectado, que irá ao ar às 20h30, com reapresentação nas noites de quarta.

    “O programa vai ter uma estrutura de explanar e contar as curiosidades ao redor de um tema, com entrevistas, pessoas importantes que podem falar sobre a área, com visitas, centros de pesquisa ou lugares práticos que têm a ver com o que a gente está explicando e a interação com o público”, diz Atila, em entrevista ao Estadão. Para ele, a produção “está sendo um casamento muito feliz de conteúdo”.

    A atração, que tem os jovens como público-alvo, conta com uma plateia virtual, que faz perguntas aos convidados. “O programa tem a participação do público, porque é essencial”, afirma o apresentador, que leva para o debate sua experiência como professor de cursinho e atuação na web. “É muito importante poder manter essa estrutura, de interação com o público, ainda que, por enquanto, só virtualmente, na TV Cultura”, esclarece o biólogo sobre a interação com a plateia de forma remota.

    INTERAÇÃO

    Nesta primeira leva de episódios, ele explica que as pessoas que interagem em vídeo são da própria emissora ou que o acompanham no YouTube. Segundo Atila, elas têm dado uma contribuição decisiva para os episódios que já foram gravados, mas continuam inéditos. “No futuro, as pessoas que acompanham o programa, claro, serão a nossa audiência.”

    A cada semana, Atila revela curiosidades sobre os temas mais variados e inusitados, como a anatomia da madeira, a fotografia computacional, águas subterrâneas, o controle mental de aranhas, os chimpanzés e a política. Ele mesmo resume: “Trazer o meu público habitual para dentro do programa está sendo bastante importante e produtivo”.

    O tema de cada episódio foi escolhido pelo apresentador, que explica se tratar sempre de “questões interessantes e ao redor das quais a gente consegue construir uma narrativa legal que, claro, passa por toda uma discussão com a direção, com a produção, para a gente descobrir se é viável produzir.”

    Segundo Atila, o objetivo também é contar, em breve, com especialistas na pesquisa técnica, para poder abordar temas de várias áreas, especialmente com pessoas especializada. “No futuro, vamos trazer pessoas de outras áreas – como física, química, ciências sociais e afins, para poder construir uma coisa interessante, ouvindo diferentes aspectos e áreas distintas da ciência a respeito de um mesmo tópico.”

    APRENDIZADO

    Pai de um bebê de quase um ano, Atila Iamarino se autodenomina, em suas redes sociais, um divulgador científico e explicador do mundo por opção, em espaços onde conversa com imenso número de seguidores. Por causa disso, foi nome constante para esclarecer fatos durante a pandemia de covid, pois sua linguagem simples possibilita a proximidade com jovens.

    “Se tem uma coisa que a internet me ensinou é que, para chegar nas pessoas hoje em dia – principalmente agora que elas têm um poder de escolha tão grande, que não é só o controle remoto, mas também é o dedo no celular que permite avançar para o próximo vídeo, compartilhar ou não o que a gente está fazendo -, é preciso atender o que o público quer”, diz Atila. “É um desafio que ressoa muito com o desafio da TV hoje em dia.”

    O fato de ter esse tipo de programa com a ciência como foco e comandado por alguém que tem ligação estreita com a área é muito importante para Atila. É a sua voz projetada em diferentes meios. “Acredito que a TV tem muito a enriquecer com especialistas que saibam ser acessíveis ao público dessa forma”, afirma o apresentador, ao enfatizar que o objetivo é “fazer um programa próximo das pessoas e que seja interessante para elas”.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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