• Atentado em Brasília afeta cúpula do G20 e exige reforço de segurança

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  • 15/nov 07:07
    Por Felipe Frazão / Estadão

    As explosões em Brasília na noite de quarta-feira, 13, devem elevar ainda mais a preocupação e exigir medidas adicionais de segurança durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Tratado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva como um ataque com motivação política, o episódio preocupa integrantes do Itamaraty diretamente envolvidos na preparação do encontro.

    A cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber, na segunda-feira e na terça-feira, 55 delegações estrangeiras, a maior parte representada por chefes de Estado e de governo das 20 maiores economias do mundo, países convidados e líderes de organizações internacionais.

    Entre eles, os presidentes dos EUA, Joe Biden, da China, Xi Jinping, da França, Emmanuel Macron, o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, as cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.

    O atentado ocorreu a poucos dias da chegada de Xi a Brasília. Ele fará uma visita de Estado e passará a quarta-feira, 20, na capital. O presidente chinês será recebido por Lula no Palácio da Alvorada, a quatro quilômetros do local das explosões, no Supremo Tribunal Federal. A recepção no Alvorada é incomum e já sinalizava, segundo secretários do Itamaraty, restrições de segurança.

    Segurança

    Entre as medidas de segurança exigidas pelas delegações estrangeiras estavam justamente varreduras pelo esquadrão antibombas da Polícia Federal (PF) em hotéis na orla do Rio e nos ambientes onde os líderes estarão, especialmente o Museu de Arte Moderna (MAM), onde eles ficarão por dois dias.

    Informado das explosões pela reportagem do Estadão ao sair de uma reunião com diplomatas, um embaixador com papel central no G20 afirmou que certamente o nível de segurança será elevado para a cúpula a partir do ataque.

    A poucos dias da reunião, os preparativos ainda estão sendo finalizados no Rio e foram inspecionados ontem pela primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Houve colocação de grades no Aterro do Flamengo, que ficará fechado ao público nos próximos dias e batedores das forças de segurança circulavam em motocicletas.

    No entanto, não havia policiamento tão ostensivo, já que somente os negociadores diplomáticos se encontram na cidade em discussões prévias. Lula deve chegar amanhã para cumprir uma agenda paralela do U-20, com prefeitos, e do G20 Social.

    Reforço

    Uma carreta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi instalada ao lado do Aeroporto Santos Dumont, que por exigência de segurança das comitivas estrangeiras será fechado para voos comerciais entre os dias 17 e 20 (de domingo a quarta-feira). O espaço aéreo será controlado e o trânsito de veículos ficará bloqueado.

    Lula optou pelo emprego das Forças Armadas no período de 14 a 21 de novembro, por meio de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O controle militar começou ontem, mas deve ser ampliado, segundo um embaixador brasileiro.

    O efetivo previsto era de 9 mil militares de Marinha, Exército e Aeronáutica, segundo o Ministério da Defesa. Eles atuarão na Marina da Glória, no MAM, no Monumento a Estácio de Sá, nos hotéis da orla, do Leme à Barra da Tijuca, nos aeroportos Santos Dumont e Galeão (usado pelas comitivas) e nos respectivos deslocamentos das autoridades.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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