• As três couraças das ONGs na Amazônia brasileira

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  • 07/05/2023 08:00
    Por Aldo Rebelo

    O estado paralelo dirigido pelas Organizações Não Governamentais (ONGs) internacionais na Amazônia brasileira está protegido por três formidáveis couraças que asseguram sua liberdade de ação em área de grande sensibilidade e vulnerabilidade para a segurança nacional.

    A primeira couraça é a financeira, representada pelos rios de dólares e euros que abastecem suas múltiplas operações, desde a cooptação de lideranças indígenas, ribeirinhas e acadêmicas e organizam o sofisticado esquema de comunicação para o qual são recrutados jornalistas da mídia tradicional, seduzidos pela derrama do dinheiro farto e fácil.

    A segunda couraça é a diplomática, oferecida pelas casas reais do velho continente e pelas embaixadas dos Estados Unidos e da Europa Ocidental em Brasília, que navegam a todo pano para legitimar as ONGs ambientalistas e indigenistas e suas lideranças, em recepções midiáticas reveladoras da intimidade promíscua, quando agentes públicos brasileiros perdem completamente o pudor que deveriam guardar no contato com autoridades estrangeiras. 

    A terceira couraça é a das corporações e agências do próprio estado nacional brasileiro, acumpliciadas com a agenda ditada pelos interesses imperiais. O Ministério do Meio Ambiente é o eixo que articula os objetivos externos na execução da política ambiental brasileira. Todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCS) e a imobilização de áreas crescentes do território nacional por meio de demarcações de terras indígenas gigantescas tem origem na necessidade dos países ricos e desenvolvidos em constituir reservas de recursos naturais (minérios e biodiversidade) para o futuro de suas economias.

    Na verdade, na Amazônia brasileira o Ministério do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos, das Populações Indígenas, o IBAMA, a FUNAI e o Ministério Público, com as honrosas exceções de sempre, trabalham entrelaçados com a agenda global e suas conexões para garantir os interesses das nações fortes naquilo que o embaixador Araújo Castro denominou de congelamento do poder mundial.

    É a corrupção da virtude, como pregou certa vez um teólogo norte-americano, para demonstrar como causas humanitárias e generosas podem ser usadas para objetivos nem humanitários nem generosos. A Alemanha nazista invadiu a Polônia e a Tchecoslováquia a pretexto de defender as minorias alemãs oprimidas, e os Estados Unidos promoveram golpes de estado e a tortura e o genocídio vietnamita com o argumento de que estavam protegendo a liberdade e a democracia. 

    A tragédia é quando setores do próprio estado nacional se voltam contra o interesse nacional a serviço de potências externas, concorrentes ou hostis. 

    O Brasil só retomará o controle de seu destino com um governo forte, de profundas raízes nacionais e apoiado firmemente nas esperanças do povo. Para alcançar tal finalidade, terão de ser superadas as falsas divisões que fragmentam as correntes nacionalistas e libertárias em benefício da ampla união de forças heterogêneas que permitirá a ruptura e a transição que descortinem novos horizontes para nossa Pátria. 

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