• As pantufas, deslizando

  • 14/03/2019 12:00

    Faz tempo, incentivado por confrades queridos “cometi” algumas trovas dentre elas louvores à Petrópolis. Uma dizia: “As pantufas, deslizando… Lustrando tantas histórias, vão, aos turistas, contando o valor de nossas glórias.” Não haveria melhor oportunidade que a de hoje ao revivê-la ao ensejo das celebrações das 176 primaveras de nossa cidade. Mantém a beleza de uma jovem na flor dos anos. Exala o hálito puro da serra e, insinuante, deixa se despir pelos raios do sol se revelando a cada momento mais encantadora, atraente, convincente e perfeita no conteúdo e na forma. Cerração e aragem misturam-se à neblina, e vejo-a envolta em véus como Eleusis… Celeiro de poetas, de gente bonita que trabalha, estuda e produz. Cidade Imperial das Américas. Nós nos orgulhamos de você! Abraça, aquece, acolhe, acalenta, ama e alimenta quem a procura. Cidade charmosa, de clima ameno, onde até o frio é motivo de felicidade e contentamento. Ar aristocrático, no entanto, nobre e simples. Em seu brasão reluz as inscrições: “Altiora Semper Petens” – Mantenha-se Sempre nas Alturas! Traduz a alma e índole de seu ordeiro povo. Bela tanto em suas linhas sinuosas ou retas. Respira cultura. Não é somente cidade das hortênsias, mas dos lírios, bromélias, azaléas, buganvílias, ipês, orquídeas e rosas. Suas palmeiras Imperiais dão um toque de dignidade e fidalguia que só fica bem em você, síntese do amor. Tudo é belo nesta serra da Virgem de Fátima a nos abençoar. Esteja eu em trabalho ou lazer se inclui no trajeto seus Distritos. Os recantos do Centro Histórico nos encantam. A municipalidade tem aprimorado e ampliado sua infraestrutura turística, sobretudo hoteleira, é evidente. Temos certeza de que ante o olhar moderno e o trabalho e abnegação dos setores competentes elevarão nossa cidade ao pódio. Que suas indústrias e comércio convivam em harmonia, sem, contudo afrontarem seus traços históricos, sua tradição, arquitetura e arte. Temos na atual administração a competência e juventude de nosso Prefeito Bernardo Rossi e do quadro que foi por ele escolhido para auxiliá-lo aos quais parabenizo e desejo pleno êxito nessa empreitada. Não hesito em afirmar que encontrei o paraíso ainda em vida. Mercê dos céus sempre que possível viajamos. Nem os encantos de Atenas, Paris, Cairo, Lisboa, Cascais, Tóquio, Belém, Jerusalém, Roma ou Londres, são capazes de ocupar seu lugar em meu coração. Aos domingos caminho até a Catedral para a missa e avisto as carruagens cumprindo sua festa diária. Durante certa época do ano mansões fecham-se; no verão vestem-se de luz. Gosto de passear pela Koeler, Ipiranga, Santos Dumont… Seu verde é inigualável e suas ruas possuem um quê de mistério. O Palácio Rio Negro, deslumbrante, sob – holofotes multicoloridos têm recebido suas Exas. os Presidentes da República, hoje a bem da verdade carece de obras e conservação. Na Catedral de São Pedro de Alcântara repousam os Imperadores D. Pedro II e Thereza Cristina, S. A. I. Princesa Isabel, Conde D’Eu, dentre outros membros da Família Imperial Brasileira. Elevada à cidade em 16 de março de 1843, sob as bênçãos e vontade de nosso magnânimo Imperador Dom Pedro II e graças ao pulso firme e senso estético, arquitetônico e idealização do engenheiro Júlio Frederico Koeler empenho do mordomo Imperial Paulo Barbosa. Petrópolis dos queridos colonos alemães que acolheu com carinhos italianos, portugueses, franceses, orientais e africanos…

    Últimas