• As conquistas da alma

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  • 18/08/2017 12:25

    Irmãos, amigos, que possamos, cada um de nós, estar abertos a receber essa Boa Nova, isto é, as notícias dos céus que Jesus veio trazer.

    Quando o Mestre veio, procurou as almas da Terra, procurou as mais humildes e as mais simples, para que pudessem acolhê-Lo. Não em palavras, mas nos sentimentos que as Suas palavras ditavam a eles, para que as acolhessem com o coração, entendendo em Espírito, porque eram iletrados e não conseguiriam, talvez, ler alguma coisa nem decorar.

    Então, Jesus falou a todos eles em palavras que tocavam no fundo de suas almas. O Mestre, alheio às manifestações do momento, às guerras entre os povos, à ganância entre as almas, principalmente, entre os romanos, Se trouxe firme em postura, em Seu apostolado, caminhando e envolvendo a todos como até hoje nos envolve.

    Nós, amigos, muitos de nós fomos almas que circundavam Jesus e ainda nos estamos rastejando, sem perceber ou entender, nitidamente, em nosso íntimo, as Suas palavras, o sentimento que Ele jorrou a todos.

    Por que será essa grande dificuldade em absorver essas noções, entender as verdades posicionadas, a garantir a nossa caminhada de mais paz? A luta do homem encarnado de se ver como Espírito, como Alma, ainda é grande.

    Por que será isso? Por que tanta dificuldade em nos versar, nos distender e vivermos dentro desses moldes cristãos mais elevados?

    Sabemos das dificuldades da Terra, da Terra como de outros tantos planetas. Sabemos do envolvimento da matéria que suga e exige do homem, mas ele, Espírito, veio para exigir dele mesmo e não exige tanto como quanto o homem terreno exige de si a conquistar materialidades. O homem, Espírito ou Alma, resvala nesses momentos e deixa que o homem terreno açambarque os moldes vivenciais, esquecendo-se dos moldes verdadeiros que o homem Espírito vai precisar reter em si, carregar consigo.

    A dificuldade é que existe um excesso de envolvimento do homem terreno com a materialidade, deixando o espiritual de lado. Mas, quando o homem terreno deixar o seu corpo de carne, vai ser o homem Espírito, e o que levará esse homem Espírito para a vida espiritual?

    O que ele conseguiu arrebanhar? Quais os valores que vai levar? Nada, certamente, da densidade da Terra, mas sim, da densidade espiritual.

    Porém, essas conquistas são mais difíceis porque exigem de cada criatura uma movimentação íntima grande, o que o homem terreno não faz, pois nada de mais profundo exige de si, da matéria que o abastece e, sendo assim, ele se esquece de que é Espírito.

    Sabemos que todos vão desprender-se do corpo de carne e que precisam levar consigo os valores maiores, as conquistas a amainar os temperamentos e a trabalhar os seus sentimentos, como também, lapidar a sua alma das inverdades, dos excessos e das prostituições.

    Essa bagagem espiritual é difícil de ser arrebanhada, mas foi para isto que todos nós, e é para isto, que todos nós reencarnamos. Exatamente, o nosso trabalho maior é com o homem Espírito, não com o homem terreno. Embora saibamos que, para viver na densidade da Terra, a matéria exige muito de nós, gostaria de deixar uma pergunta: o que nós, homens, mulheres, Espíritos, almas vamos levar conosco?

    Façamos uma análise de nosso viver e ponderemos sobre o que estamos arrebanhando, pois o que acumularmos na materialidade iremos deixar, mas, o que o homem Espírito, o ser profundo arrebanhar, levará com ele.

    Precisamos, irmãos, da força e de um grande entendimento, numa busca constante de nós mesmos, não nos furtando a uma análise íntima, a saber quem, realmente, se esconde por detrás desta personalidade, tão fugidia a nós mesmos, na consciência atual.

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