Árvore que atingiu professora já apresentava sinais de risco

 A jovem que foi atingida por uma árvore que caiu no Centro na quarta-feira permanece internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Santa Teresa. Após pa ssar por uma cirurgia no rosto e por uma drenagem de coágulo no cérebro, ela está em observação. O quadro é gravíssimo, mas ela reage bem. O condomínio ao qual a árvore pertencia informou que a Araucária já apresentava sinais de risco e eles já haviam feito solicitações à Secretaria de Meio Ambiente para que o órgão avaliasse o estado da árvore – o que não foi feito.

De acordo com informação de amigos, Carolina Rocha, de 31 anos, professora, passou pelo procedimento cirúrgico na noite do mesmo dia do acidente. Ela teve traumatismo craniano e afundamento da face. Os médicos realizaram uma drenagem do coágulo de sangue que se formou no cérebro e uma cirurgia no nariz e no olho, que durou mais de quatro horas. Outra cirurgia deve ter que ser feita posteriormente. Carol, como é conhecida pelos amigos, terá que ficar pelo menos 72 horas em observação no CTI, mas não há previsão de saída do hospital.

A árvore que caiu era uma Araucária centenária que ficava no jardim em frente ao Edifício Barão de Quartin, localizado exatamente ao lado do Museu Imperial. Por volta das 16h, durante o temporal que atingiu a cidade, a árvore, que era mais alta que o prédio, tombou derrubando as grades do terreno, caindo em frente ao portão de entrada do museu. “A jovem teve muita sorte, pois foi atingida apenas pelos galhos da árvore. Se fosse pelo tronco, seria fatal”, disse o morador e síndico do condomínio, Aluísio Braga, de 60 anos. 

O síndico informou que o condomínio já havia feito uma solicitação à Secretaria de Meio Ambiente em junho deste ano, pedindo que uma avaliação fosse feita. “Nós desconfiamos que a árvore já estivesse perigando tombar, pois alguns galhos já haviam caído. Contudo, não se pode simplesmente cortar uma árvore dessas na cidade, é preciso pedir autorização aos órgãos competentes. Foi o que fizemos, mas a Secretaria não respondeu nada”, disse. Aluísio informou que na época enviou fotos da árvore e que tem o número do protocolo. 

A Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento negou que haja solicitação do condomínio feita em junho, mas apenas um pedido protocolado no último dia 4. A secretaria ainda informou que a solicitação de poda em áreas particulares deve ser feita diretamente na secretaria, que fica no Centro Administrativo, na Barão do Rio Branco.