
**Matéria atualizada às 21h28, com correção no título
O artista visual Matheus Ribs teve sua obra “KilomboAldeya” – uma releitura da bandeira nacional – retirada do Festival Sesc de Inverno 2025, em Itaipava. O caso aconteceu no último sábado (26), no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, após agentes da Guarda Civil municipal comparecerem ao local com um suposto alvará, que alegava que a obra “descaracterizava o patrimônio nacional”.
Através de uma nota divulgada em suas redes sociais, Matheus explica que foi convidado pelo Centro Cultural Sesc Quitandinha para integrar a programação de artes visuais do evento, e que a obra e o local de sua exposição foram definidos pela curadoria do festival. No entanto, um dia após a montagem, a obra foi removida do espaço e retirada dos materiais de divulgação sem o consentimento do artista.
“Mesmo eu estando hospedado nas proximidades do evento e disponível para qualquer diálogo. A decisão de retirá-la não foi fruto de debate artístico, técnico ou institucional”, ressaltou o artista.
Em nota, o Sesc RJ lamentou a retirada da obra e ressaltou que a decisão foi determinada pelas autoridades competentes, com base na Lei nº 5.700/1971, que dispõe sobre o uso dos símbolos nacionais.
A reportagem também procurou a Prefeitura de Petrópolis, para saber seu posicionamento sobre o caso, mas não houve retorno até a última atualização.
Confira a nota do Sesc RJ na íntegra:
“O Sesc RJ lamenta a retirada da obra “KilomboAldeya”, do artista visual Matheus Ribs, que fazia parte da programação do Festival Sesc de Inverno no Parque de Exposições de Itaipava. A ação foi determinada pelas autoridades competentes, com base na Lei nº 5.700/1971, que dispõe sobre a forma e o uso dos símbolos nacionais.
O Sesc RJ, por sua vez, entende que a Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de expressão e considera que a diversidade de manifestações artísticas é fundamental para estimular o diálogo e a reflexão sobre temas relevantes para a sociedade.
Reafirmamos nosso compromisso com a promoção da cultura e da democracia e expressamos nossa solidariedade ao artista.”
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