• Arritmia e taquicardia: quando e com quem tratar

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 26/maio 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Corredores de rua podem ser acometidos por problemas cardíacos como arritmias, taquicardias, entre outros. Respectivamente (frequência cardíaca sair do ritmo ou acelerar repentinamente).

    Acontecem por causas fisiológicas, patológicas ou farmacológicas. A fisiológica pode ser por exercício físico em excesso, ansiedade, medo e/ou euforia. As patológicas, leia-se (doenças), podem ser anemia, hipotensão, febre, hipertireoidismo, entre outras pré existentes que podem levar à morte. As farmacológicas podem ser por ingestão de cafeína, cocaína, álcool e/ou estimulantes.

    Eis a questão. Ao que se refere ao corredor (a) mais comumente a taquicardia e/ou arritmias pode ocorrer por causas fisiológicas ou farmacológica. Atletas de elite ou recreativos muito ansiosos sempre passando do limite sem o bom senso se enquadram nas fisiológicas.

    Não é raro corredores passarem mal no terço final ou logo depois do treino e/ou competição. As causas farmacológicas são os que ingerem qualquer substância que os façam correr mais. Quando um atleta é surpreendido por uma taquicardia ou arritmia deve procurar um cardiologista especialista em MEDICINA DO ESPORTE. Uma das medicações prescritas para arritmias são os antiarrítmicos e/ou betabloqueadores.

    Essa medicação age bloqueando a frequência cardíaca mais alta ao mesmo tempo que diminui a frequência cardíaca de repouso o que pode ser perigoso, mesmo em doses mais baixas, para o atleta que já tem bradicardia fisiológica, ou seja, são vagotônicos por conta do próprio exercício.

    Um cardiologista não acostumado com atleta pode se enganar. Quem trata de arritmias e/ou vagotonia é cardiologista especialista em arritmologia clínica. Na cardiologia existem especialistas para cada caso. Crianças, adultos, idosos, atletas e não atletas.

    Portanto, corredores (as) devem consultar sempre especialistas para avaliações específicas caso a caso. Óbito em qualquer situação causa muita dor nos amigos e familiares. Muitas mortes no esporte podem ser evitadas com exames específicos periódicos ao identificar patologias pré-existentes. Ou seja, doenças que o corredor (a) não sabe que tem e podem ser tratadas.

    **Literatura Sugerida: 1) Kawazoe, J. – Doença Arterial Coronariana e Atividade Física – Rev. SOCERJ (2000) 2) NÓBREGA, Antonio Cláudio Lucas da et al. Diretriz em cardiologia do esporte e do exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2013). 3) Lazzoli, José Kawazoe et al. Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, (2002).

    Últimas