• Área econômica não pode fechar o olho para dimensão político-institucional, afirma Haddad

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  • 04/set 10:38
    Por Cícero Cotrim e Amanda Pupo / Estadão

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu nesta quarta-feira, 4, que a equipe econômica tem de levar em conta o processo político quando desenha medidas de ajuste fiscal. “Nós queremos crescimento, nós queremos baixa inflação, mas nós queremos garantir o funcionamento das instituições democráticas”, afirmou, em entrevista à GloboNews.

    Ele afirmou que é preciso considerar que o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, era “autoritário” e pretendia “fechar o regime político”. Por isso, disse Haddad, essa dimensão política tem de ser considerada pela equipe econômica, inclusive porque a dimensão político-institucional faz parte do desenvolvimento de um país saudável, que atrai investimentos.

    “Se nós tivéssemos feito o que a direita queria, nós teríamos instabilidade política no nosso País. Em vez de crescimento com baixa inflação e emprego, nós teríamos uma instabilidade política, porque, de novo, nós iríamos cair no erro de fazer o ajuste fiscal em cima de quem paga a conta, que são os pobres”, ele disse.

    Haddad voltou a dizer que a Fazenda fez um ajuste fiscal “em cima de quem pode arcar” e afirmou que isso foi possível porque, quando os parlamentares são expostos aos números, eles se sensibilizam. “Tem um caminho de prosperidade no Brasil que atende todos os interesses, mas não atende a gula de ninguém”, afirmou.

    O ministro garantiu que não há problema em discutir ajustes do lado social, se os programas forem equivocados, já que o ideal é que a economia garanta as oportunidades de trabalho para todos.

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