Árbitro brasileiro aciona protocolo antirracismo da Fifa em partida do Real Madrid pelo Mundial
A vitória do Real Madrid sobre o Pachuca terminou com uma marca negativa para o Mundial de Clubes. O árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel acionou o protocolo antirracista da Fifa, após confusão entre Gustavo Cabral, do time mexicano, e Rudiger, da equipe espanhola.
Já nos acréscimos do segundo tempo, aos 49 minutos, o alemão disputou uma bola com o zagueiro argentino, na área do Pachuca. Rudiger ficou caído e pediu pênalti, o que não foi assinalado pela arbitragem.
O próprio Ramon Abatti Abel não flagrou um caso de injúria racial. Entretanto, ele foi informado pelos colegas de arbitragem. O brasileiro, então, fez o gesto de ‘X’ com os braços, para registrar a situação.
O protocolo antirracista já havia sido apresentado em 2024 e passou a integrar o Código Disciplinar da Fifa neste ano. São três passos usados para denunciar racismo em jogos de futebol.
O jogador que for denunciar uma prática discriminatória deve fazer um gesto de ‘X’ com os braços cruzados. O árbitro, verificando a situação, também faz a sinalização, parando o jogo. Se a discriminação persistir, o juiz pode optar por uma suspensão temporária, última decisão antes de declarar derrota por W.0. do time envolvido no ato.
Com a mudança publicada pela Fifa em maio, o protocolo integra o artigo 15 do Código Disciplinar, reforçando a regra. Todas as confederações filiadas da Fifa devem aplicar o sistema. Além disso, a Fifa impôs uma multa máxima de 5 milhões de francos suíços (R$ 34 milhões) para casos de racismo em jogos.