Árbitra é protagonista, e líder Santos impõe 2ª derrota seguida ao São Paulo no Paulistão
O líder Santos fez mais uma vítima nesta quarta-feira. Em clássico disputado no MorumBis, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, a equipe da Baixada derrotou o rival São Paulo por 1 a 0, em jogo marcado por decisões polêmicas da arbitragem, conduzida por Edina Alves Batista.
Em um pênalti duvidoso, os visitantes fizeram o único gol do jogo, com Morelos, que balançou as redes pela primeira vez desde que chegou ao Santos. O São Paulo ainda teve um gol anulado na reta final da partida. O lance foi revisado no VAR, que identificou que a bola bateu na mão do atacante Erick. Ao longo da semana, a escolha de Edina como árbitra do clássico foi motivo de nota oficial do time alvinegro, que foi prejudicado por decisões da árbitra em 2022.
O Santos se mantém na liderança da classificação geral do Paulistão, agora com 19 pontos. O São Paulo soma sua segunda derrota consecutiva na temporada e pode perder a liderança do Grupo D. A vitória santista significa a quebra de um tabu de três anos sem triunfos sobre o rival fora de casa.
PRIMEIRO TEMPO MESCLA TENSÃO E INTENSIDADE
Antes de a bola rolar, Carpini teve de lidar com um problema. O lateral-direito Moreira sentiu uma lesão na coxa direita durante o aquecimento. Então, o treinador precisou improvisar e colocou Bobadilla para completar o setor.
A partida começou bastante equilibrada, mas os rivais não tomaram muitas precauções, ambos estavam dispostos a balançar as redes. Aos poucos, o Santos adotou uma postura mais impositiva, se colocando no campo do São Paulo. O incômodo tricolor era claro com a situação, mas havia muita dificuldade para se livrar da marcação alta santista. Diante do problema são-paulino no setor destro, o Santos decidiu insistir em jogadas por ali.
O volume de jogo apresentado pelos dois lados passou a resultar também em finalizações. João Paulo e Rafael precisaram trabalhar. A tensão do clássico também trouxe alguns estranhamentos entre os atletas e princípios de confusão e desentendimento. No último instante, Luciano teve um gol bem anulado por impedimento.
O primeiro tempo terminou com placar inalterado. Um cenário incompatível com o que as duas equipes apresentaram. O empate, sim, tinha propósito, mas deveria ser com gols. Ao São Paulo faltou transformar a posse de bola em controle de jogo. Para o Santos, o excesso de jogadas pela beirada facilitou o trabalho dos zagueiros adversários.
POLÊMICAS DE ARBITRAGEM NO SEGUNDO TEMPO
Quando o jogo recomeçou, sobraram indícios de que o clássico seguiria o mesmo rumo da etapa complementar, mas uma decisão polêmica foi capaz de alterar o horizonte. Welington desarmou Otero na grande área, o VAR acionou a arbitragem de campo, que foi ao monitor. Edina entendeu que houve a penalidade máxima para o Santos. Morelos foi para a bola e abriu o placar, aos 20 minutos. Foi o seu primeiro gol com a camisa alvinegra.
Com a vantagem no marcador, o Santos pôde recuar e esperar mais o São Paulo. As alterações promovidas por Carpini não surtiram resultado. O time tricolor se manteve postado no campo de ataque, mas a efetividade passou longe de se aproximar dos donos da casa. No fim da partida, nova polêmica. Erick marcou o que seria o gol de empate, que foi anulado após longa revisão no monitor por um toque de mão do jogador são-paulino.
PRÓXIMOS JOGOS DE SÃO PAULO E SANTOS
O São Paulo atua novamente no sábado, às 18h. No MorumBis, o adversário da vez será o Red Bull Bragantino. O Santos, por sua vez, só entra em campo no domingo, às 16h. Na Vila, a equipe da Baixada recebe o Novorizontino.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 x 1 SANTOS
SÃO PAULO: Rafael; Bobadilla, Arboleda, Diego Costa e Welington; Pablo Maia, Alisson e Galoppo (Erick); Luciano (Ferreirinha), Calleri e Juan. Técnico: Thiago Carpini.
SANTOS: João Paulo; Aderlan (Felipe Jonatan), Gil, Joaquim e Hayner; João Schimdt, Diego Pituca e Otero (Nonato); Pedrinho (Morelos), Willian Bigode (Marcelinho) e Guilherme (Rincón). Técnico: Fábio Carille.
GOL: Morelos, aos 20 do 2º tempo.
CARTÕES AMARELOS: Pablo Maia, Calleri, Morelos, Marcelinho, Hayner e Aderlan.
ÁRBITRA: Edina Alves Batista.
PÚBLICO: 45.722 torcedores.
RENDA: R$ 2.535.440,00.
LOCAL: MorumBis, em São Paulo.