Araújo nega relação com Precisa e se exime por sobrepreço em compra de testes
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-secretário de saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho negou conhecer o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, ou de qualquer representante da empresa. “Não conheço os donos da Precisa. Nunca tive relação ou contato com pessoas, donos ou empresários da empresa”, disse Araújo. O ex-secretário também se defendeu das acusações de compras com sobrepreço de testes contra covid durante sua atuação na secretaria de saúde do DF.
Araújo, que presta depoimento hoje à CPI, foi preso em agosto de 2020 durante a Operação Falso Negativo. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da covid-19 para a rede pública de saúde local. A compra teria o envolvimento da empresa Precisa Medicamentos. Sobre a operação Falso Negativo, Araújo declarou que ainda irá “provar” ao Tribunal de Contas da União (TCU) durante sua gestão.
O depoente afirmou, com relação às acusações de superfaturamento de compras dos testes para covid pelo valor de R$ 180, oferecido pela loja da Luna Park Brinquedos – enquanto o valor máximo observado até então era de R$ 110 -, que isso ocorreu no devido processo licitatório. Segundo ele, o preço do insumo teria aumentado devido à disponibilidade de testes nas outras empresas participantes do processo.
“Eu irei recorrer e mostrar ao TCU que a empresa que tivesse testes para entregar naquele momento tinha contrato fechado”, afirmou.
O senador José Reguffe (Podemos-DF) apresentou informações de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta indícios de irregularidades na escolha de uma empresa de brinquedos para aquisição de testes para detectar covid-19. Araújo se defendeu afirmando que a empresa cuja razão social tinha como objetivo a produção de brinquedos também tinha aptidão para vender testes.