• Araujo: Modelo de CBDC do Brasil de depósito tokenizado tem se disseminado

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  • 16/11/2022 16:17
    Por Thaís Barcellos / Estadão

    O coordenador do projeto do real digital no Banco Central, Fabio Araujo, avaliou nesta quarta-feira, 16, que o modelo de CBDC (moeda digital do Banco Central) brasileira de depósitos “tokenizados” era único, mas começa a se disseminar entre os outros reguladores do mundo, como o Federal Reserve (Fed).

    O modelo proposto pelo BC é que a liquidez no real digital seja compartilhada com as instituições financeiras, como ocorre hoje com a moeda “tradicional”. A ideia é que a CBDC só seja usada para transferências entre os bancos e as fintechs, mas que a população use os “depósitos tokenizados” para fazer pagamentos digitais.

    Tokenização é a representação digital de um ativo. Nesse caso, o BC propõe que os bancos e instituições de pagamento façam “stablecoins” – espécie de ativo virtual com lastro em ativos, normalmente moedas – dos depósitos bancários, de modo que não afete a atividade de crédito. Segundo Araujo, o Fed anunciou ontem uma prova de conceito de CBDC, que, na prática, leva a uma configuração parecida à proposta da autoridade monetária brasileira.

    “Essa característica era muito particular do sistema brasileiro, mas não somos mais os únicos que estamos olhando para esse lado”, disse no Encontro LIFT: Real Digital, evento realizado pelo Banco Central e pela Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac).

    O coordenador do real digital explicou que a CBDC seria usada para transações entre instituições financeiras e também para transferências entre países, assim como para pagamentos offline. “O real digital cumpriria função de atacado. Ideia é que serviços financeiros sejam feitos na versão tokenizada dos depósitos.”

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