• Aquecendo o inverno de quem precisa: campanha arrecada cobertores

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  • 24/06/2017 13:30

    Sabe aquele cobertor que está no fundo do armário, que você já nem lembra mais? Pois é, ele pode estar esquecido para você, mas para muita gente, pode estar fazendo falta nesse inverno.

    Na cidade, o frio costuma ser intenso e, as vezes, um gesto de solidariedade que parece pequeno, pode ajudar alguém que precisa. Pensando nesses pequenos gestos, a advogada Eduarda Esperança segue os passos da avó e mobiliza uma rede de amigos e conhecidos para ajudar quem precisa. 

    “Meus avós sempre foram muito caridosos. Minha avó ajudava o ano todo, ela sempre se esforçava pra ajudar quem aparecesse precisando de alguma coisa”, conta Eduarda. E seguindo seus passos, a jovem hoje, com a ajuda de uma amiga, e da família, faz uma campanha que recolhe agasalhos e cobertores para pessoas que precisam. 

    Como nasceu a campanha

    A campanha Aquecendo o Inverno de Quem Precisa, ganhou corpo no ano passado, mas já existia a bastante tempo. Leny Correa Cabral, faleceu em novembro do ano passado com 83 anos, mas há muitos anos ela vinha fazendo uma pequena mobilização entre os amigos próximos e familiares. Perto do seu aniversário, que era durante o inverno, ela pedia que em vez de presentes para ela, as pessoas dessem roupas de inverno e cobertores. A intenção era doar as peças para moradores de Petrópolis que estivessem precisando. 

    Leny, era moradora do Rio de Janeiro, mas fazia a pequena campanha para ajudar pessoas de Petrópolis, onde a família e a neta moram. Eduarda conta que resolveu ajudar a avó, que por motivos de doença já não podia se empenhar tanto na campanha. Foi então que surgiu a ideia e o apoio para criar a ação. Foi então que convidou a amiga Maria Sylvia Quadra, para ajudar.

    Maria, é publicitária, e trabalha com causas sociais a bastante tempo. Hoje ela mora em Moçambique, na África, mas até o ano passado ela morava no Rio de Janeiro e sempre vinha a Petrópolis ajudar a campanha. Eduarda e Maria são amigas há muitos anos, estudaram juntas na escola, então foi fácil criar a parceria. “A Duda me convidou porque eu tenho um lado engajado com causas sociais. Eu quis ajudar a cidade onde nasci e vivi por muito tempo. É minha chance de fazer algo pela cidade. No ano passado a campanha foi um sucesso e tivemos bons resultados”, contou a Maria.

    Com a ajuda vinda através da divulgação feita pela Maria na internet, e de pessoas do Rio de Janeiro e da cidade, Eduarda e sua mãe Claudia Maria Esperança percorrem a cidade entregando cobertores e roupas de frio para pessoas que precisam. Neste ano, em um único dia de divulgação, elas conseguiram arrecadar 60 cobertores. Que foram doados para um lar de idosos no Quitandinha e uma creche no bairro Caxambu. 

    Todo mundo pode fazer sua contribuição

    Toda semana, Eduarda e sua mãe fazem uma ronda pela cidade em busca de pessoas que estejam precisando. Graças a uma rede de contatos feita pela Maria, amigos próximos e as irmãs da Eduarda, elas tem conseguido mais doações e também chegar até pessoas que estão precisando das doações.

    Atualmente a campanha conta com uma página no facebook, e principalmente a divulgação boca a boca. Mas as meninas estão se preparando para aumentar a campanha para o ano que vem.“Tem sido muito legal o engajamento das pessoas de fora de Petrópolis. A união das pessoas torna a distância menor. Eu estou em Moçambique e estou ajudando, então não tem porquê não ajudar. Essa é a maior lição da campanha”, conta Maria.

    Qualquer pessoa pode ajudar, com agasalhos, cobertores, com quantias em dinheiro para a compra dos cobertores, ou sendo um voluntário, divulgando a campanha e ajudando nas rondas. “É legal que as pessoas andem sempre com um agasalho a mais, ou um cobertor no carro. Não precisa encontrar com a gente para fazer a doação. As pessoas podem fazer por conta própria, as vezes pode partir de você. O frio não espera”, disse Eduarda.

    Neste ano, a campanha começou em maio e vai até o final do inverno. E conforme elas vão recebendo as doações, vão encaminhando para as pessoas ou instituições que estão precisando.

    “Eu queria principalmente agradecer quem acredita no projeto. Uma atitude pequena pode fazer a diferença. Algumas pessoas chegam para mim, com um casaco e pedem desculpas por acharem que aquilo é muito pouco. Mas não imaginam a diferença que aquela peça faz para outra pessoa. Todas as doações são importantes”, explica Eduarda.


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